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Pré-candidatos a prefeituras buscam apoios de evangélicos
Segmento religioso abrange cerca de 30% do eleitorado
Pré-candidatos a prefeituras buscam apoios de evangélicos
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Por: Redação Data da Publicação: 01 de fevereiro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

As movimentações políticas deste ano eleitoral não param. De olho no segmento evangélico, o ex-prefeito e atual secretário executivo da Prefeitura de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), conseguiu, recentemente, o apoio de dois pastores da Igreja Universal: Maurício Gomes e Jades Rocha.

Em São Gonçalo, não é diferente: no objetivo de angariar alguns votos do atual prefeito bolsonarista Capitão Nelson (PL), o deputado federal Dimas Gadelha (PT) também recebeu, durante a semana, em seu gabinete, em São Gonçalo, um grupo de evangélicos.

Para o reverendo Daniel Valente, politicamente se torna interessante a aliança com este segmento religioso: trata-se, afinal, de um universo de cerca de 30% dos eleitores, com "diferenças irreconciliáveis entre si".

"Todo o campo cristão não católico é chamado de "evangélico", e isso acaba colocando no mesmo balaio instituições completamente diferentes entre si, como a Igreja Anglicana e as Testemunhas de Jeová. Há alguns pontos em comum que são muito explorados por candidatos que, mesmo sem identificação evangélica, sabem tocar estes temas, como por exemplo, a questão da legalização do aborto e liberação das drogas", apontou.

Luta antiga

A busca pela fatia conservadora do eleitorado faz parte do cenário eleitoral há tempos. Afinal, trata-se de um segmento da população em disputa, especialmente pelo campo progressista, já que muitos deles estão ao lado do bolsonarismo.

Possível candidata opositora ao atual prefeito Marcelo Delaroli (PL), em Itaboraí, Zeidan (PT) também chegou a se reunir, em dezembro de 2023, com líderes evangélicos, no objetivo de ampliar seu leque político. Na ocasião, participaram do encontro pastores de diferentes denominações.

Itaboraí foi palco, aliás, de um ataque a religiões de matriz africana, num evento oficial da cidade, em 2022, que comemorava, em 19 de maio, 189 anos: o pastor Felippe Valadão falou em fechar centros de umbanda do município. "A igreja está na rua!!! A igreja está de pé!!!", esbravejou.

Eleito em 2020, não há, por hora, registro atual de movimentação do atual prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT), junto aos evangélicos; mas, nas eleições presidenciais de 2022, ele chegou a se reunir com diversas lideranças, numa mobilização a favor do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Na cidade, especula-se o retorno do ex-prefeito - também petista - Washington Quaquá.

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