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Antes de viajar aos Estados Unidos, em dezembro de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) transferiu R$ 800 mil para um banco norte-americano.
De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), o objetivo da transação era se manter naquele país, enquanto a tentativa de golpe de Estado se instalava do Brasil. Se precisasse, Bolsonaro permaneceria fora do Brasil, caso um inquérito contra ele fosse aberto, por ter conspirado contra o Estado democarático de direito.
A PF quebrou o sigilo bancário do ex-mandatário e descobriu a operação, realizada em 27 de dezembro de 2022. Ainda segundo informações da Polícia, essa etapa da investigação faz parte da apuração da venda ilegal de joias e presentes da Presidência da República pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, subordinado a Bolsonaro.
"Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência do exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de Golpe de Estado que estava em andamento", aponta o documento da PF.
A investigação aponta ainda que Bolsonaro e os outros investigados na Operação Tempus Veritatis "tinham a expectativa de que ainda havia possibilidade de consumação do golpe de Estado".
Passaporte
A TRIBUNA destacou ontem (14) que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu que o Supremo Tribunal Federal devolvesse seu passaporte, apreendido no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga a existência de uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado no país.
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