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O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista, têm prazo de cinco dias para apresentar defesa prévia ao Supremo Tribunal Federal (STF). O tempo foi estipulado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Nesta sexta-feira, a Corte publicou a abertura da ação penal contra os acusados no Diário Oficial do Poder Judiciário.
Na defesa, os acusados poderão indicar provas pretendidas e arrolar testemunhas, que deverão depor por vídeoconferência. Eles também deverão prestar depoimento ao final da instrução. A data ainda vai ser definida.
O ministro acrescentou ainda que vai indeferir a inquirição de testemunhas "meramente abonatórias", ou seja, de pessoas não possuem conhecimento dos fatos e são convocadas para somente para elogiar os réus. Nesses casos, os depoimentos deverão ser enviados por escrito pela defesas.
Após o fim da instrução, o julgamento será marcado, e os ministros vão decidir se o ex-presidente e os demais acusados serão condenados à prisão ou absolvidos. Não há data definida para o julgamento.
Além de Bolsonaro, os demais réus são: o general Walter Braga Netto; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa e Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.