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Cláudio Castro pode ser tornar o sétimo governador do Rio a ser afastado do mandato - e o sexto, preso. Após cinco anos, a Justiça confirma fatos que já vêm merecendo destaque na mídia e, se houvesse alguma manifestação, antes, poderia impedir a reeleição do atual governador fluminense.
Ceperj
Um dos principais alvos de investigação da Justiça é a criação da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj).
Criada com 20 mil funcionários secretos, a fundação foi concebida "de surpresa": ninguém conhecia os funcionários, que trabalhavam de forma muito pouco transparente e, segundo denúncias, recebiam salários secretos, por meio de ordens de pagamento, na boca de caixas de agências do Bradesco.
Para tais contratações, não havia processo seletivo, no preenchimento das vagas, e os nomes dos contratados não constavam em Diário Oficial. Os indícios de irregularidades eram muitos.
De acordo com investigações do Ministério Público do Estado do Rio, os contratados chegaram a sacar mais de R$ 226 milhões, em dinheiro vivo: 91% desses valores vinham da fundação. Os promotores veem aí fortes indícios de lavagem de dinheiro.
Propina
Há ainda um relatório da Polícia Federal, dando conta de que há pistas de que Cláudio Castro teria recebido cerca de R$ 400 mil, em pagamentos ilegais, entre 2017 e 2019, quando era governador do Rio e vice-governador de Wilson Witzel (então no PSC). Tal investigação foi citada pelo ministro Raul Araújo, em decisão do Superior Tribunal de Justiça, no contexto da operação de busca na casa de Vinícius Sarciá, irmão do atual governador. Um documento divulgado pela imprensa revela que Castro teria recebido R$ 326 mil e US$ 20 mil.
Vale lembrar que o único vereador do estado que foi afastado, sem ser preso, foi Wilson Witzel, que era juiz.
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