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O ex-deputado federal e ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoino, sugeriu, durante uma transmissão ao vivo, um possível boicote a “determinadas empresas de judeus” e “empresas vinculadas ao estado de Israel”.
O comentário foi feito enquanto o parlamentar falava sobre deixar de fazer compras na Magazine Luiza após a empresária Luiza Trajano declarar apoio ao abaixo-assinado que pede que o presidente Lula desista de apoiar a ação da África do Sul contra Israel.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) soltou uma nota, repudiando “veementemente” o comentário de José Genoino. A entidade classificou as falas como antissemita e destacou que o atissemetismo é crime no Brasil.
"O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto. A Conib mais uma vez apela às lideranças políticas brasileiras que atuem com moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio, pois suas falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país”, disse a nota.
A fala de Genoino aconteceu no canal do YouTube, DCM TV, após um comentarista dizer estar decepcionado com a empresária Luiza Trajano após apoiar o abaixo-assinado que pede ao presidente Lula para reconsiderar o apoio à África do Sul na acusação de genocído contra Israel.
Nos comentários, muitos diziam que iriam parar de comprar na Magazine Luiza por causa do apoio ao abaixo-assinado e Genoino concordou, além de acrescentar que o Brasil deveria cortar relações comerciais com Israel.
“Acho interessante essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos, é uma forma interessante. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus. Há, por exemplo, boicote a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar com o Estado de Israel." Disse o ex-deputado.