Por Mauro Touguinhó

O policial militar que atirou à queima-roupa e matou Jefferson de Araújo Costa, de 22 anos, na altura do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, foi preso na noite desta quinta-feira (08). A PM informou que o cabo Eduardo Gomes dos Reis foi detido em flagrante por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

A investigação vai ser conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar, onde a conduta é investigada como crime militar, com análise das imagens da câmera corporal que ele usava no uniforme.

Vídeos feito por moradores e transeuntes mostram que o agente atravessa uma faixa da Avenida Brasil, aborda o morador, bate com o cano do fuzil na cara dele e a arma dispara, acertando a barriga de Jefferson. Em seguida, o policial entra na viatura da Polícia Militar e vai embora, se socorrê-lo.

A vítima, que participava de um protesto que pedia o fim de uma operação policial, parece estar desarmada e não atacou o PM, de acordo com as imagens. Um vídeo mostra ele desacordado, perdendo muito sangue e sendo socorrido. Jefferson foi encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas já chegou sem vida na unidade.

Operação após roubo de carros na Avenida Brasil

O protesto aconteceu após agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) entrarem na Nova Holanda. para recuperar uma carga roubada na Avenida Brasil. O motorista contou aos policiais que os bandidos fugiram para o interior da comunidade com 11 carros que estavam em uma carreta cegonha, caminhão usado para transportar outros veículos. Todos eles foram recuperados.

Os carros de alto padrão vinham de Minas Gerais para ser entregue no Rio. O caminhoneiro, que é mineiro, disse que foi abordado por três bandidos, que o fizeram dirigir por cerca de um quilômetro. Enquanto ele foi colocado dentro de outro automóvel por quase uma hora, os bandidos descarregaram a cegonha e levaram os veículos.

Durante a operação, outros dois moradores ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Evandro Freire. Eles foram baleados na perna e nádega, mas têm quadro de saúde estável.

Foto: Reprodução Redes Sociais

Alunos de uma escola da favela precisaram deitar no chão do colégio para se proteger da troca de tiros. A Secretaria Municipal de Educação ativou o protocolo de segurança, que consiste em manter os alunos e funcionários na maior segurança possível. E duas unidades estaduais precisaram ser fechadas, além da Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva. 

✅ Clique aqui e receba mais notícias da sua cidade no WhatsApp.