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Fazenda reduz previsão da inflação, mas segue acima do teto da meta
Dados fazem parte do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE)
Fazenda reduz previsão da inflação, mas segue acima do teto da meta
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Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 12 de setembro de 2025FacebookTwitterInstagram
Fonte: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
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A previsão da inflação do Brasil para 2025 caiu de 4,9% para 4,8%, segundo dados do Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Apesar da redução, a expectativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue acima do teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta de inflação determinada pelo CMN é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos. Ou seja, a meta será considerada cumprida se o IPCA ficar entre 1,5% e 4,5%.

De acordo com o Boletim, a projeção de redução da inflação ocorre no contexto de excesso de oferta de bens em escala mundial, como reflexo do aumento nas tarifas comerciais, especialmente o tarifaço aplicado ao país pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Além disso, a SPE também aponta a menor inflação no atacado agropecuário e industrial, além dos efeitos defasados do real mais apreciado como elementos que contribuíram para a redução na previsão. Outro ponto é que essa estimativa considera bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica, em dezembro.

Já para 2026, a projeção é de que a inflação, medida pelo IPCA, se mantenha em 3,6%, convergindo para o centro da meta de 2027 em diante.

Em relação aos demais índices de inflação, a SPE também revisou as estimativas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário mínimo e corrigir aposentadorias, se manteve com variação de 4,7%, mesma projeção do boletim anterior.

A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui o setor atacadista, o custo da construção civil e o consumidor final, caiu de 4,6% para 2,6% este ano. Por refletir os preços no atacado, o IGP-DI é mais suscetível às variações do dólar.

Em relação à estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano, também houve uma revisão para baixo de 2,5% para 2,3%. O boletim explica que a revisão está relacionada ao resultado abaixo do esperado observado para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) do segundo trimestre comparativamente ao projetado em julho, repercutindo canais potentes de transmissão da política monetária ao crédito e atividade.

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