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Nessa troca de Flávio Dino por Ricardo Lewandowski viu-se uma falha sem precedentes de Lula, uma vez que o primeiro representa um político articulado, cheio de recursos, e que também já foi magistrado. Enquanto o segundo foi apenas um modesto advogado de São Bernardo, amigo particular do presidente desde os tempos de Sindicato e que chegou ao STF para aquelas controvérsias apresentadas, com atritos junto aos seus pares e mostrando que estava ali apenas para puxar saco do amigo (aquela decisão protegendo Dilma no impeachment foi demais).
Não se quer um Ruy Barbosa e nem um Afrânio Mello Franco, tão pouco um Osvaldo Aranha, mas, pelo menos, um Márcio Thomaz Bastos, um Nelson Jobim ou um dos grandes advogados que são reconhecidos no judiciário pelos seus talentos. Os interesses de um ministro da justiça deverão, acima de tudo, ser em favor do país e não só da pessoa do presidente. Essa de prometer respeito a Constituição Federal é muito pouco, o problema é que a função necessita de um homem de pulso firme e que não pode ficar pensando como proteger o presidente que está de plantão no Planalto com prazo de validade.
Com esse jogo que Lula executa, acreditando na ideia de contar com Flávio Dino no STF como se fosse uma garantia da mesma espécie que é Lewandowski, pode não funcionar a contento. Um pode se prestar a tudo que o presidente desejar, todavia, do outro não se pode esperar o mesmo. São figuras diferentes. Flávio Dino foi Desembargador Federal, além de ter sido deputado federal, senador e governador de dois mandatos no Maranhão. Já Ricardo Lewandowski foi apenas aquela peça protegida por Lula que passou pelo STF só para não deixar ninguém atingir o velho amigo.
Com essa tentativa de se brindar por todos os lados, Lula mantém seus discursos exclusivamente para que a população brasileira fique acreditando que ele e Janja possam conquistar o eleitorado sem problemas. Janja aparece na mesma proporção do presidente. Aliás, se derem mais espaço a primeira dama, não tenhamos dúvidas, ela acreditará que poderá substituir o marido no momento que desejar. Pensa que o povo irá aplaudi-la de pé. Tem gente que não consegue cair na real.
Não se pretende desqualificar qualquer colaborador do governo, porém não se pode é ficar “batendo palmas” para uma primeira dama que depois de 12 meses de governo apenas procurou sair nas fotos ao lado das autoridades, das internacionais principalmente. Jamais se viu um pronunciamento político de interesse do país executado pela senhora Janja. A primeira dama precisa acordar e transmitir aos brasileiros o verdadeiro papel que lhe cabe.
Essa intenção de formar um governo de união partidária ainda não se viabilizou e Lula terá, como grande tarefa, coordenar essas alas esquerdistas mais radicais e cortar os impulsos das Gleises, dos Lindberghs e outros, pois, com essa gente que pensa apenas individualmente, ficará plenamente difícil alcançar o objetivo final.
É preciso entender que também existe oposição nas atitudes do governo.
O QUE ESPERAR DE LEWANDOWSKI COM ESSES AVANÇOS DOS MILICIANOS E TRAFICANTES?