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A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apura as circunstâncias da morte do argentino Alejandro Mario Ainsworth, de 54 anos, encontrado sem vida na quinta-feira (11), na Estrada da Grota Funda, Zona Oeste do Rio.
O turista, que havia desaparecido no domingo, não apresentava sinais de violência, mas a principal linha de investigação aponta para o golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela”, quando a vítima é dopada e tem seus bens roubados. A confirmação depende de exames periciais.
Segundo informações divulgadas pela imprensa argentina, Ainsworth era gerente administrativo em uma rede de laboratórios e estava hospedado em Copacabana. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele deixou o local, por volta das 23h44 de domingo.
Poucas horas depois, começaram a ocorrer movimentações suspeitas em suas contas bancárias, incluindo saques, empréstimos e troca de senhas. Familiares relataram que cerca de 3,5 mil dólares foram retirados e ainda houve contratação de crédito em seu nome.
Inicialmente, o caso foi acompanhado pela Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), mas, após a identificação do corpo, as investigações passaram para a DHC, que tenta identificar os responsáveis.
Se confirmada a hipótese do “Boa Noite, Cinderela”, este será o terceiro caso fatal envolvendo turistas no Rio em pouco mais de um ano. Em agosto de 2024, o jamaicano naturalizado americano D’wayne Antonio Morris, de 43 anos, foi encontrado morto em Copacabana, supostamente após ser dopado por mulheres. Dois meses depois, o colombiano Manuel Felipe Martínez Mantilla, de 33 anos, assessor do governo de seu país, também morreu em circunstâncias semelhantes durante uma viagem acadêmica à cidade.
Em agosto deste ano, um vídeo que circulou mundialmente mostrou um estudante britânico desmaiando na Praia de Ipanema após ingerir uma bebida adulterada oferecida por golpistas. Ele e um amigo tiveram prejuízo de R$ 14,6 mil. Duas suspeitas foram presas e respondem na Justiça.