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TRE vai mudar locais de votação em áreas controladas pelo crime
Ideia é tirar o poder de intimidação e influência em cima da população
TRE vai mudar locais de votação em áreas controladas pelo crime
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Por: Leonardo Brito Data da Publicação: 29 de setembro de 2025FacebookTwitterInstagram
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As pessoas que votam em áreas deflagradas pelo crime poderão votar em outros locais. Essa é a proposta do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que começou a estudar mudanças para garantir, segundo o órgão, uma melhor segurança para os eleitores. Foi realizada uma reunião entre o vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador Claudio de Mello Tavares com representantes da elite dos setores de inteligência das forças de segurança com atuação no estado, além de membros do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Procuradoria Regional Federal.

O primeiro eixo das discussões foi a transferência de seções eleitorais situadas em áreas controladas por criminosos, seja por traficantes ou milicianos. A medida visa garantir que o eleitorado possa votar sem pressões ou intimidações. O trabalho incluirá a atualização do mapeamento realizado para as eleições municipais de 2024 e a conclusão das alterações que permaneceram pendentes. A reunião acontece faltando um ano para as eleições de 2026.

 

 


A segunda frente prevê a criação de mecanismos de cooperação para ampliar o acesso da Justiça Eleitoral a informações sobre candidatos, permitindo impedir em tempo hábil o registro de candidaturas de pessoas associadas ao crime organizado, com o cruzamento de dados da polícia com os do TRE. O objetivo é evitar a infiltração de criminosos nas esferas de poder político. Novos encontros estão previstos para os próximos meses. 

"Temos eleitores que votam com medo, tamanha a influência e o poder dos criminosos em algumas áreas do Rio", afirmou o desembargador Claudio de Mello Tavares. "Trabalharemos para modificar os locais de votação que enfrentam essa realidade, com a orientação de que o eleitor não vote a mais que 1,5 quilômetro de sua residência. E, para mudar essa realidade, precisamos impedir que pessoas associadas a essas práticas entrem para a política", conclui o magistrado.

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