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Novas imagens de câmera de segurança mostram que a policial militar Vaneza Lobão correu por cerca de 15 metros para tentar fugir do atirador que a assassinou em 24 de novembro de 2023. Ela tinha 31 anos e era lotada na 8ª DPJM, setor da Corregedoria da Polícia Militar que investiga as milícias.
As imagens ainda indicam que o veículo com os criminosos parou na vizinhança de Vaneza na noite do crime, cerca de 20h de noite. O crime aconteceu na Rua Passo da Pátria, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Três homens permaneceram no interior dentro do carro mais de uma hora até Vaneza e sua companheira saírem da casa onde moram.
Na última quarta-feira (7), agentes da Delegacia de Homicídios, da Polícia Civil, e da 8ª Delegacia Policial Judiciária Militar (DPJM), da PMERJ prenderam os subtenentes Leonardo Vinício Affonso e Wilson Sander Lima dos Santos por envolvimento com o assassinato.
Foi expedido um mandado de prisão temporada, pela Justiça, de 30 dias, contra os acusados.
As investigações indicam que eles participaram do planejamento do crime. No entanto, ainda não há informação se algum deles estava no veículo, de onde saíram os executores que estavam em campana.
Investigações também apontam que os criminosos já sabiam que Vaneza tinha a prática de ir à academia malhar regularmente nas segundas, quartas e sextas, às 21h.
Perto desta hora, a companheira de Vaneza saiu pelo portão e foi até o carro de Vaneza, estacionado em frente à residência.
Logo após, aparece a vítima. Nesse exato momento, de dentro do carro estacionado, desce um homem atirando em direção à Vaneza com um fuzil. Ele persegue a policial que foge em direção contrária por 15 metros até parar e levantar as mãos.
Dessa maneira, o homem, que portava um fuzil, saca uma pistola, e com essa arma ele mata Vaneza. Ela foi atingida por cinco tiros, dois na cabeça e dois no peito, e morreu no local.
Suspeitos pesquisaram sobre Vaneza 47 vezes antes do crime
Os suspeitos de participarem do assassinato de Vaneza teriam começado a pesquisar sobre ela em abril de 2022. No intervalo de um ano, eles pesquisaram sobre ela 47 vezes, em sites disponibilizados pelo governador para agentes de segurança.
Eles provavelmente estavam tentando descobrir o endereço residencial de Vaneza, que era apontada como uma profissional discreta.
Munição desviada da polícia
A investigação da Delegacia de Homicídios descobriu que os disparos de pistola que mataram a policial Vaneza Lobão foram feitos com munição desviada da própria polícia militar.
Foram recolhidos no local do crime cartuchos de pistola, de calibre ponto 40. As munições integravam o lote ADA58, da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), comprados pela PMERJ em setembro de 2009.