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A Câmara Municipal de Maricá aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (9), o projeto de lei que autoriza o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal. Os 19 vereadores presentes votaram a favor da proposta, que agora segue para sanção do prefeito Washington Quaquá (PT).
Segundo a prefeitura, os guardas passarão por treinamento conduzido pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Também será criado o Grupamento de Ocupação Democrática Armada do Território (Godat), com cerca de 150 agentes.
O município informou ainda que o uso de câmeras corporais será obrigatório para todos os guardas armados. A fiscalização ficará a cargo da Corregedoria da corporação e do Ministério Público. Atualmente, a Guarda Municipal de Maricá tem cerca de 420 integrantes, que participam de cursos regulares de capacitação em áreas como Direitos Humanos.
De acordo com dados oficiais, a cidade registra 19 meses sem ocorrências de latrocínio, a menor taxa de mortes violentas desde 2003 e nenhum roubo de carga em 2025. Entre janeiro e setembro, 77 veículos foram recuperados e mais de 280 encaminhamentos à delegacia foram realizados pela corporação.
Esses números, segundo a gestão municipal, são resultado da integração entre Guarda Municipal, Polícia Militar e Polícia Civil, apoiada pelo Centro Integrado de Observação e Segurança Pública (Ciosp). O sistema reúne mais de 3 mil câmeras, incluindo 700 da prefeitura com tecnologia de reconhecimento facial e leitura de placas de veículos. O plano prevê a ampliação para mais de 7 mil câmeras em todos os distritos da cidade.
“Nós seguiremos todos os protocolos para que os agentes sejam treinados pelo BOPE. Faremos de Maricá a cidade mais segura do Brasil trabalhando em conjunto com todas as forças de segurança”, afirmou o prefeito Quaquá.