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Ocorreu na tarde desta sexta-feira (26), a terceira audiência do processo contra os dois presos acusados do homicídio doloso e ocultação de cadáver do ator Jeff Machado. A sessão ocorreu por volta das 13h55, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Centro do Rio.
De acordo com a defesa da vítima, eram esperados 13 depoimentos, incluindo dos dois presos: Jeander Vinícius da Silva Braga e Bruno de Souza Rodrigues. Mas, depois de quatro depoimentos, as outras 5 pessoas não serão mais ouvidas e a audiência segue para o interrogatório dos acusados.
Essa é provavelmente a última audiência do caso, onde a juíza vai determinar se os réus vão à júri popular ou não.
Foram ouvidas 4 pessoas antes do interrogatório:
Emanuelle Maciel Pinto, vizinha da quitinete onde o corpo foi achado. A testemunha disse que Bruno fingiu que moraria lá e que estava fazendo reforma no local.
Bruno Armonstrong, homem que morou anos na mesma quitinete. Armstrong afirmou que era amigo íntimo de Bruno Rodrigues e que o acusado disse que queria alugar a quitinete para um amigo, justamente Jefferson Machado - a vítima. A testemunha disse que Bruno lhe contou que estava preocupado com as investigações do desaparecimento de Jeff.
Rosane Santos, proprietária do local, também foi ouvida durante o depoimento.
André Rosa, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que investigou o caso. O policial afirmou que Bruno usava dois telefones e que se identificava por nomes diferentes.
As três primeiras testemunhas pediram para depor sem a presença dos acusados.
O julgamento:
A primeira audiência aconteceu em outubro, e três pessoas foram ouvidas - a mãe do ator foi uma delas. Maria das Dores Machado descreveu Bruno como "extremamente maquiavélico" por ter se passado pelo filho e mentido para ela.
Já o inspetor da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, Igor Rodrigues Bello, afirmou ter certeza de que o crime foi premeditado. O ponto de virada das investigações, segundo Bello, foi o depoimento de um táxi dog que foi contratado para levar os oito cachorros de Jeff para um centro de umbanda desativado.
Ao depor na polícia, o taxista afirmou que no dia 31 de janeiro, Jeff – que na verdade já estava morto - fez contato com ele através do WhatsApp, mas quem apareceu para acompanhá-lo no transporte dos cães foi Bruno.
A investigação concluiu que Bruno se passou por Jeff não apenas nessa, mas em diversas ocasiões após o crime, inclusive para falar com a mãe do ator.
A segunda audiência do caso aconteceu em dezembro do ano passado.
O caso
Jeff Machado desapareceu no final de janeiro. Ele foi encontrado morto em maio. O corpo estava em um baú concretado pelos réus em uma casa em Campo Grande. Para a polícia, a motivação do crime foi o ator ter cobrado de Bruno uma falsa promessa de vaga numa novela. Os investigadores acreditam que Jeff chegou a pagar R$ 18 mil aos criminosos.
O MPRJ ofereceu denúncia pelos seguintes crimes de Homicídio quadruplamente qualificado; ocultação de cadáver; estelionato; crimes patrimoniais contra o espólio do ator; invasão de dispositivo eletrônico; falsa identidade e maus-tratos aos animais. Apenas Bruno deve responder por todas essas imputações, já que estava em todas as ações. Jeander é acusado de homicídio, ocultação e maus-tratos a animais.