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A Justiça do Rio decretou, neste sábado (03), a prisão preventiva do policial militar José Carlos de Souza da Silva Filho, acusado de matar Rafaella Borda Vieira, de 22 anos, no dia 16 de junho de 2023. Lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro dos Prazeres, no Centro do Rio, ele deu um tiro de fuzil nas costas da jovem quando voltava, de carro, de um baile na comunidade.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, os promotores afirmaram que Rafaella foi atingida sem que houvesse uma troca de tiros no momento "ou qualquer grave ameaça à vida do policial militar".
De acordo com a denúncia, “o crime foi praticado mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que o policial militar efetuou o disparo de forma absolutamente inesperada, acertando a vítima pelas costas e sem chance de defesa.”
Na ocasião, Rafaella foi socorrida para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Moradora do bairro Engenho do Mato, na Região Oceânica de Niterói, ela era solteira. A jovem tinha dois irmãos, por parte de pai, e sonhava em estudar Direito.
Uma das testemunhas contou que o motorista teria entrado por engano na contramão de uma das entradas da comunidade, quando cruzou com uma viatura. Para evitar uma colisão, o condutor teria entrado em uma outra via. A testemunha afirma que os policiais seguiram o carro e dispararam tiros, sendo que um atingiu o veículo e a jovem.
Os PMs que estavam na ocorrência foram afastados e negaram, por duas vezes, a autoria dos disparos. Porém, as investigações apontaram que a viatura em que estava o policial preso era a que estava na abordagem e que na sequência foram efetuados disparos de fuzil.