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Cesta básica do Rio é quase R$ 850 em abril, diz Dieese
Cidade carioca tem a terceira cesta mais cara da pesquisa
Cesta básica do Rio é quase R$ 850 em abril, diz Dieese
Foto do autor João Eduardo Dutra João Eduardo Dutra
Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 09 de maio de 2025FacebookTwitterInstagram
FOTO: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O valor da cesta básica de alimentos subiu em 15 capitais brasileiras no mês de abril, em relação a março, segundo os dados da pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O estudo, que analisa 17 cidades, apontou que o Rio de Janeiro segue tendo o terceiro grupo de alimentos mais caro, com o preço de R$ 849,70.

De acordo com a pesquisa, as principais elevações ocorreram em Porto Alegre (5,3%), Recife (4%), Vitória (4%), e São Paulo (3,2%). Brasília (-0,87%) e Salvador (-0,23%) foram as duas cidades que apresentaram redução no preço no quarto mês de 2025. A variação do Rio de Janeiro foi a quarta menor do estudo, em 1,70%.

A frente do Rio de Janeiro, São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo: R$ 909,25, seguida de Florianópolis (R$ 858,20). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 579,93 ), Salvador (R$ 632,12), João Pessoa (R$ 641,57) e no Recife (R$ 652,71).

Comparando o preço da cesta básica de abril de 2025 com a do mesmo mês de 2024, também houve alta em 15 das 17 capitais pesquisadas, com variações que oscilaram entre 3,92%, em Natal, e 10,5%, em São Paulo. As reduções foram observadas em Salvador (-1,25%) e Aracaju (-0,37%).

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano (de janeiro a abril), o custo aumentou em todas as cidades pesquisadas, com taxas que oscilaram entre 4,39%, em Brasília, e 10,94%, no Recife.

Com base na cesta mais cara de abril e levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas de uma família, de quatro pessoas, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário, no quarto mês do ano, deveria ter sido R$ 7.638,62 ou 5,03 vezes o mínimo de R$ 1.518.

Em março, o valor necessário era de R$ 7.398,94 e correspondeu a 4,87 vezes o piso mínimo. Em abril de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.912,69 ou 4,90 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.

Na análise mais recente, o preço do café em pó subiu em todas as cidades pesquisadas, com destaque para Vitória (alta de 15,5% em comparação a março). A batata, pesquisada na região Centro-Sul, aumentou em todas as cidades, com variações entre 11%, em São Paulo, e 35%, em Porto Alegre.

O preço do tomate teve elevação no preço em 15 das 17 capitais pesquisadas em abril, em comparação ao mês anterior. As maiores taxas foram verificadas em Porto Alegre (51,9%) e Vitória (34,2%).

O preço da carne bovina de primeira subiu em 11 capitais, com variações entre 0,06%, em São Paulo, e 1,08%, em Florianópolis. Seis capitais apresentaram redução nos preços, com destaque para Salvador (-2,81%). Em 12 meses, a carne apresentou elevação em todas as cidades pesquisadas, sendo as maiores em Fortaleza (29,2%), Brasília (29%) e São Paulo (28,6%).

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