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Rendimento médio dos brasileiros passa dos R$ 3 mil pela 1ª vez
Dados são referentes a 2024 e constam na Pnad Contínua
Rendimento médio dos brasileiros passa dos R$ 3 mil pela 1ª vez
Foto do autor João Eduardo Dutra João Eduardo Dutra
Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 08 de maio de 2025FacebookTwitterInstagram
FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O rendimento médio dos brasileiros quebrou o recorde da série histórica em 2024. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor passou dos R$ 3 mil pela primeira vez, chegando a R$ 3.057, no ano passado.

Esses rendimentos são frutos do trabalho, de programas sociais, aposentadoria, pensões ou outras fontes, como alugueis, aplicações financeiras e bolsas de estudo. Ou seja, qualquer tipo de renda que um brasileiro receba. O resultado é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Até então, o recorde anterior era R$ 2.974.

Além de aumentar o rendimento médio real, ou seja, descontada a inflação do período, o Brasil também aumentou a parcela da população que possui algum rendimento. De acordo com a Pnad, do total de residentes no Brasil em 2024, 66,1% (equivalente a 143,4 milhões) tinham alguma renda. Em 2023, esse percentual era 64,9%.

A pesquisa também apontou que o rendimento mensal real domiciliar per capita também atingiu o maior nível da série histórica, chegando a R$ 2.020. A diferença entre os números se dá pelo fato deste rendimento ser dividido por todas as pessoas da residência, incluindo os que não possuem nenhuma renda.

Os rendimentos provenientes do trabalho representam 74,9% do total do rendimento domiciliar e as demais fontes de renda, 25,1%.

Em 2024, segundo a Pnad, 47% da população de 14 anos ou mais tinham algum rendimento frequente por trabalho. Essa porcentagem equivale a 101,9 milhões de pessoas e é a maior da série histórica. Em 2024, cresceu 1 ponto percentual em relação a 2023, quando 46% possuíam rendimentos por trabalho.

O valor médio recebido pelo trabalho também bateu o recorde da série histórica, chegando a uma média de R$ 3.225. O recorde anterior foi registrado em 2020, com uma média de R$ 3.160.

Além do rendimento por trabalho a pesquisa mostra que: 13,5% da população têm rendimento de aposentadoria e pensão, com uma média de R$ 2.520; 9,2%, de programas sociais do governo; recebendo, em média, R$ 771; 2,2%, de pensão alimentícia, doação e mesada; com uma média de R$ 836; 1,8%, de aluguel e arrendamento, com média de R$ 2.159; e, 1,6%, possuem outros rendimentos, de R$ 2.135, em média.

Todos esses rendimentos, juntos, somaram uma massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita de R$ 438,3 bilhões em 2024, em todo o país. Este é o maior valor desde 2012. O aumento foi de 5,4% em relação a 2023 (R$ 415,7 bilhões). Em relação a 2019, último ano antes da pandemia, a alta foi de 15% (R$ 381,1 bilhões).

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