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Causa da morte de Juliana Marins foi trauma, segundo perícia
Pai teme que não consiga retornar com o corpo da filha
Causa da morte de Juliana Marins foi trauma, segundo perícia
Foto do autor João Eduardo Dutra João Eduardo Dutra
Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 27 de junho de 2025FacebookTwitterInstagram
Fonte: Reprodução

Médicos forenses do Hospital Bali Mandara, da Indonésia, confirmaram, nesta sexta-feira, que a causa da morte de Juliana Marins não foi hipotermia, como era esperado, mas sim hemorragia interna, sofrida após um trauma torácico grave provocado por impacto de "violência contundente".

“Os ferimentos mais graves estavam no tórax, especialmente na parte de trás do corpo, onde o impacto comprometeu órgãos internos ligados à respiração”, afirmou o médico legista Ida Bagus Putu Alit, em entrevista coletiva.

Segundo a perícia, Juliana teria morrido cerca de 20 minutos após sofrer o trauma, mas não foi possível determinar se isso foi quando ela caiu, na sexta-feira (20), ou em outro momento, como uma segunda queda pelo penhasco em que estava. De acordo com o médico, Juliana sofreu também escoriações generalizadas nas costas e nos membros superiores e inferiores, além de ferimentos na região da cabeça.

“Estimamos que, no máximo, 20 minutos depois do trauma, ela já não apresentava mais sinais vitais. Não há sinais de hipotermia ou sofrimento prolongado após a lesão. A causa direta da morte foi o impacto e a quantidade de sangue acumulado dentro da cavidade torácica”, disse o médico.

O perito afirmou ainda que não havia sinais clássicos de hipotermia, como necrose nas extremidades ou coloração escura nos dedos. Essa hipótese foi levantada devido ao fato das baixas temperaturas do Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, e das roupas leves que Juliana usava.

O corpo de Juliana Marins chegou ao Hospital Bali Mandara, na ilha de Bali, por volta das 11h35 (horário de Brasília) da última quinta-feira, onde foi submetido a autópsia. O procedimento foi realizado ainda na noite de quinta-feira.

Pai não sabe se vai conseguir voltar com o corpo

O pai de Juliana Marins, Manoel Marins, publicou um vídeo na noite desta quinta-feira (26), falando que ainda estava na Ilha de Lombok, mas já estava a caminho de Bali, para acompanhar a necropsia e conseguir o atestado de óbito. Na publicação, Manoel disse que ainda não sabe se vai conseguir voltar para o Brasil com o corpo da filha, ou se os restos mortais de Juliana vão demorar ainda mais para retornar.

No Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (27), o presidente Lula alterou o decreto 9.199, de novembro de 2017, que impedia o Itamaraty de custear o translado de corpos de brasileiros mortos no exterior.

Segundo a medida publicada, o translado poderá ser custeado com recursos públicos quando a família comprovar incapacidade financeira para o custeio das despesas com o traslado, as despesas com o traslado não estiverem cobertas por seguro contratado pelo de cujus ou em favor dele, ou não estiverem previstas em contrato de trabalho, se o deslocamento para o exterior tiver ocorrido a serviço, o falecimento ocorrer em circunstâncias que causem comoção e houver disponibilidade orçamentária e financeira.

A mudança vem após notícias que o Ministério das Relações Exteriores afirmar que não poderia arcar com os custos do translado do corpo de Juliana Marins.

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