Assinante
Entrar
Cadastre-se
Estabilidade é o que prevê a nova edição do Boletim Focus, divulgado nesta quinta-feira (15), em Brasília. O levantamento indica as previsões do mercado financeiro em 2024 e 2025. Para o IPCA, está prevista uma alta de 3,82%. Tal pesquisa é semanalmente divulgada pelo Banco Central, baseada em opiniões de economistas.
O foco da política monetária já visa 2025, em maior grau até 2024. A projeção passou de 3,50% para 3,51%, após 28 semanas de estabilidade.
Mas das últimas 74 estimativas, a mediana para 2024 variou de 3,76% para 3,79% em 2025, a mudança foi de 3,50% para 3,53%.
Já para 2026, o cenário é semelhante. A projeção segue em 3,50% pela 32ª semana consecutiva, mesma previsão no horizonte mais longo, de 2027.
No entanto, as estimativas do Relatório de Mercado Focus seguem acima do centro da meta de inflação, que é de 3,00%. Vale lembrar que o IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta, mas acima do centro. Ou seja, o estouro do objetivo foi evitado, após dois anos consecutivos com falhas.
No fim de janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom), divulgou a projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, mesma conclusão que chegou na reunião anterior, em dezembro.
Em 2025, também seguiu em 3,2%. O colegiado reduziu a Selic por cinco vezes consecutiva, para 11,25% ao ano.
Além disso, foram revisadas as expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus. A mediana para fevereiro de 2024 variou de 0,69% para 0,70%.
Há um mês, a expectativa era de 0,65%. Para o IPCA de março, a previsão passou de 0,28% para 0,27%, de 0,31% um mês antes. Já para abril, a expectativa para o indicador seguiu em 0,38%, mesmo nível de quatro semanas atrás.
Em meados de 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editaria um decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário, vigente há vários governos.
No entanto, em outubro, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. "Até aqui, não (há previsão de publicar o decreto). Consultas estão sendo feitas pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda. Mas nós temos tempo, e provavelmente até o final do ano nós vamos ter notícias", afirmou o ministro.