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A chegada do inverno, no próximo dia 20, chama atenção para as tão temidas doenças respiratórias. O tempo seco e abaixa umidade do ar contribuem para o aparecimento, e agravamento, dessas enfermidades e o resultado é horrível. Tosse seca, nariz congestionado, coriza e em alguns casos dores de cabeça e indisposição. E em época de pandemia do coronavírus como diferenciar os sintomas de uma crise alérgica da infecção pelo coronavírus? Especialistas dão algumas dicas para afastar de vez essa dúvida.
O professor de pneumologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Leonardo Pessôa, explicou que as doenças como rinite e asma crônica, por exemplo, acometem cerca de 10% e 20% a população brasileira respectivamente.
Os sintomas podem ocorrer no decorrer de todo o ano, até mesmo no verão, mas é mais comum que ocorram mais frequentemente e de forma mais grave com a aproximação do inverno. Os cuidados devem ser redobrados, desde a limpeza do ambiente, prática de exercício físico e alimentação. Deve-se evitar uso de carpetes e cortinas, também retirar casacos, mantas e cobertores guardados para lavar e colocá-los no sol, antes de usá-los. Como na asma, a Covid-19 pode causar tosse e falta de ar e por vezes, pode ser difícil diferenciar as duas doenças, tornando prudente uma avaliação com especialista para diagnóstico preciso, explicou.
A gerente comercial Viviane Ornellas, de 35 anos, é um desses exemplos. Com a chegada do inverno a niteroiense sofre com a queda da umidade do ar e as crises alérgicas se tornam constantes.
Eu fico com nariz muito entupido. Eu também estou pensando em comprar um umidificador de ambiente para melhorar a minha respiração. Uso os descongestionantes nasais e me aliviam um pouco. Mas em época de coronavírus a gente sempre fica alerta com os sintomas de qualquer coisa que aparece. Estou me protegendo e fazendo o meu isolamento social, contou.
O otorrinolaringologista Gilberto Ulson Pizarro chama atenção para a importância da continuidade do tratamento de algumas doenças como amigdalite, sinusite e otite.
Isso é fundamental para que as doenças não evoluam para formas mais graves, explica.
A famosa sinusite também precisa de muitos cuidados.
O tratamento inadequado destas infecções agudas ou crônicas agudizadas pode se espalhar para áreas próximas, como os olhos. Em alguns casos, pode causar cegueira e, nos piores cenários, atingir o cérebro, formando abcessos e complicações neurológicas graves, completou.
O infectologista Edimilson Migowski explicou que com a chegada do inverno tem maior circulação dos vírus respiratórios.
Mas nesse momento o vírus respiratório de maior circulação é o novo coronavírus. Os outros vírus a gente vem sendo exposto ao longo dos anos e boa parte da população tem algum tipo de imunidade e faz com que o quadro clínico não de manifeste. Geralmente o paciente sabe das alergias. Se nunca teve nenhum quadro respiratório fica difícil aos 20 ou 30 anos atribuir o nariz escorrendo a uma renite. Provavelmente vai ser um quadro infeccioso por vírus principalmente, finalizou.