As pessoas, em geral, sabem bem como criticar. Sabem apontar defeitos, desvalorizar e desmerecer o outro, contribuindo, muitas vezes, para que alguém se sinta chateado ou até mesmo profundamente triste. Em uma sociedade marcada pela competitividade, há muitos especialistas em julgar e ferir com palavras.
Seria extremamente valioso se também fôssemos ensinados a olhar o outro com mais beleza, a enxergar suas qualidades, seus pontos fortes, seu lado bom. Ter a capacidade de elogiar genuinamente, de enaltecer talentos e virtudes alheias, é um ato de coragem — e mais do que isso, é um gesto que cria um elogio de potência.
Quando reconhecemos e expressamos o valor que enxergamos no outro, contribuímos para o surgimento de uma nova realidade de consciência: aquela em que não é preciso diminuir ninguém para se sentir melhor. Essa premissa — de que é necessário desmerecer o outro para elevar-se — é completamente falsa.
O outro é o outro. Você é você.
A cooperação é uma chave poderosa para fortalecer pessoas, estimular o crescimento mútuo e contribuir para o melhor de todos. Quando uma pessoa ouve um elogio verdadeiro, direcionado ao seu talento ou a uma qualidade genuína, ela pode se sentir encorajada. Isso pode levá-la a realizar mais, a se entregar com mais confiança e brilho, a oferecer o seu melhor ao mundo.
Por outro lado, quando alguém se limita apenas a criticar, isso diz muito mais sobre quem critica do que sobre quem é criticado. Afinal, como já dizia a sabedoria popular: “A boca fala do que o coração está cheio.” Aqueles que veem apenas o negativo nas pessoas muitas vezes estão frustrados, amargurados, insatisfeitos consigo mesmos — e acabam projetando no outro toda essa negatividade.
Cada pessoa possui sua própria beleza, seus talentos únicos, sua forma de ser e de se expressar no mundo. Quando aprendemos a ver e valorizar o melhor nos outros, geramos uma fonte poderosa de força, cooperação e potência a favor da vida.
Não estamos aqui para destruir uns aos outros. Estamos aqui para contribuir, apoiar, colaborar.
A própria natureza nos ensina isso o tempo todo.