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Uso de cigarros eletrônicos aumentou 600% em 6 anos, diz Ipec
Número de usuários de dispositivos passou de 500 mil para 2,9 milhões, de acordo com pesquisa, apesar de sua venda ser proibida em todo o Brasil
Uso de cigarros eletrônicos aumentou 600% em 6 anos, diz Ipec
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Por: Mauro Touguinhó Data da Publicação: 22 de janeiro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Shutterstock

O número de fumantes de cigarros eletrônicos aumentou 600% de 2018 a 2023, de acordo com pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica). Somente no ano passado, a quantidade de usuários foi de 500 mil para 2,9 milhões, apesar dele ser proibido. A incidência do vape é maior no Paraná (4,5%), no Mato Grosso do Sul (4%) e no Distrito Federal (3,7%). Os 2 primeiros estados fazem fronteira com o Paraguai, de onde vem um grande volume dos produtos contrabandeados.

Além de ter o maior índice de usuários, o estado paranaense tem o maior número de cigarros eletrônicos confiscados de 2019 a 2023. Foram 1,4 milhão de dispositivos capturados, segundo dados a Receita Federal. O Mato Grosso do Sul, novamente, é o 2º colocado, com 603 mil.

De acordo com o levantamento do Ipec, a quantidade de pessoas que conhecem o cigarro eletrônico no Brasil foi de 52% em 2019 para 87% em 2023. O percentual é menor que em 2022, quando 89% dos entrevistados afirmaram saber do que se tratavam os dispositivos.

 

Foto: Shutterstock

 

O número de fumantes de cigarros convencionais que já experimentaram cigarros eletrônicos também cresceu. Em 2019, a porcentagem era de 16%, foi para 20% em 2020 e em 2021, para 25% em 2022 e alcançou 29% em 2023.

Venda proibida e discussão no Congresso

A comercialização dos cigarros eletrônicos é proibida no país pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009. Há diferentes tipos de vapes disponíveis hoje no mercado ilegal. O mais comum é o vaporizador, aparelho que permite a inalação de vapor de água com sabor e nicotina. Há também aparelhos que aquecem tabaco sem queimá-lo.

No Congresso Nacional, há um projeto de lei (PL 5.008 de 2023) que propõe regras para a comercialização de cigarros eletrônicos no país. O texto é de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e tramita no Senado Federal. A senadora afirmou que “a crescente utilização dos cigarros eletrônicos tem acontecido à revelia de qualquer regulamentação” e “sem qualquer orientação ou proteção por parte do Estado”. 

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