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Calma! É uma ficção
O filme “Sob as Águas do Sena” está fazendo o maior sucesso na Netflix porque está longe de parecer aquela bobagem de sangue, sangue, sangue, apelação e tudo mais.
Assista ao trailer:
O filme disfarça bem. Usa uma roupagem científica para dar um certo suporte de realidade e usa e abusa da maior data da França este ano, a preparação para as Olimpíadas. Sem banalização, o filme se torna uma trama de suspense, extremamente bem dirigido, roteiro impecável. Com certeza, muitos leitores não vão tirar os olhos da telinha da TV. Se fosse no cinema, naquela telona...
O pessoal do portal Cine Pop, vejam vocês, esculacha essa pegada meio realista que elogiamos. Eles dizem que “o consenso geral elogia as cenas de ação da produção, destacando sua brutalidade e as cenas sangrentas dos ataques dos tubarões. Em contrapartida, parece que o filme afunda quando tenta se levar a sério demais…”.
Opinião não é palavrão. Cada um tem a sua e ponto.
Já o portal Omelete, vai fundo. ´Sob as Águas do Sena’ mal estreou e já está no Top 1 da Netflix Brasil. O suspense de tubarão coloca o predador não em uma praia, mas no rio ícone de Paris. O filme conta com Bérénice Bejo, indicada ao Oscar em 2012 por “O Artista”, no elenco.
Também no elenco estão Nassim Lyes, Léa Léviant, Sandra Parfait, Aksel Ustun, Aurélia Petit, entre outros. A direção é de Xavier Gens que também assina o roteiro com Olivier Torres e Yannick Dahan.
De acordo com o Centro Nacional Francês de Investigação Científica (CNRS), até hoje nunca foi registrada a aparição de tubarões no rio. O filme teria sido inspirado por aparições de uma orca e uma beluga, uma espécie de baleia-branca, nas águas do Sena.
Os cientistas garantem que "em geral, os tubarões não sobem os rios. A exceção é o tubarão-buldogue, que pode viajar milhares de quilômetros pela Amazônia, mas é uma espécie que vive em zona tropical", revelou o especialista. Ou seja, se você está lendo esta matéria diretamente de Paris, não se preocupe, pois o risco de um tubarão assassino tomar conta do rio principal da cidade é mínimo e, no fim das contas, ´Sob as Águas do Sena’ é pura ficção.”
O Omelete lembra que, em 2022, a beluga morreu antes que a equipe de resgate conseguisse colocá-la de volta em seu caminho natural e nunca chegou perto da capital francesa, sendo bloqueada por uma eclusa localizada a 70 quilômetros de Paris. Já a orca morreu próxima da cidade de Rouen, 136 km afastada da capital. O animal já estava doente quando foi descoberto.
Existe ainda um processo judicial movido pelo roteirista Vincent Dietschy, que diz que o longa se assemelha ao projeto que ele apresentou aos produtores sobre um bagre gigante e carnívoro que causa terror no Sena.
Steven Spielberg se arrepende de ter feito o primeiro “Tubarão”
O consagrado diretor Steven Seven Spielberg se arrependeu de ter filmado o primeiro “Tubarão”, recordista mundial de bilheteria, em 1975.
Ambientalistas afirmam que, por anos, milhões de tubarões são abatidos nos mares do mundo. Spielberg acha que o seu filme criminalizou excessivamente o animal e pode ter uma parcela de culpa nessa matança.
O filme faturou 470 milhões de dólares foi indicado ao Oscar de melhor filme e, segundo especialistas, ajudou a transformar o cinema entretenimento no que ele é hoje. Virou uma franquia da Universal Pictures, rendendo três continuações, uma em 1978, uma em 1983 e outra em 1987. Todas medíocres.
Tubarão
Os primeiros tubarões conhecidos viveram há aproximadamente 400 milhões de anos.
São aproximadamente 375 espécies (no Brasil são conhecidas 88), variando em tamanho desde o menor, o tubarão-lanterna anão, uma espécie de no máximo 21 centímetros de comprimento, ao tubarão-baleia, o maior, que atinge cerca de 12 metros e que se alimenta por filtragem apenas de plâncton, lulas e pequenos peixes.
Os tubarões são encontrados em todos os mares[5] e são comuns em profundidades até 2 000 metros.
Ataques
É preciso distinguir ataque provocado de ataque não provocado. É definido como ataque de tubarão não provocado um incidente em que o animal em seu habitat natural ataca um homem ainda vivo, sem ter sido previamente provocado.
Em 2006, o International Shark Attack File (ISAF) realizou uma investigação em 96 alegações de ataques de tubarão, confirmando 62 delas como ataques não provocados e 16 como ataques provocados. A média anual de mortes em todo o mundo entre 2001 e 2006 a partir de ataques de tubarões não provocados foi de 4,3.
Poucos tubarões são perigosos para os seres humanos. Entre mais de 375 espécies, apenas quatro estiveram envolvidas em um número significativo de mortes, em ataques não provocados a seres humanos: o tubarão-branco, o galha-branca-oceânico, o tubarão-tigre e o tubarão-cabeça-chata.
Estes tubarões são grandes e poderosos predadores, e às vezes podem atacar e matar pessoas. Apesar de serem responsáveis por ataques a humanos, eles sempre foram filmados sem o uso de uma gaiola de proteção.
No ano de 2000, foi estimado que o risco de uma pessoa ser atacada por um tubarão é de uma em 11 500 milhões e o risco de morte é de uma em 264,1 milhões. O ataque de um tubarão não é algo comum: por exemplo, a cada pessoa que morre por um ataque de tubarão, 3 306 pessoas morrem afogadas e 4 757 morrem em acidentes no trânsito.
A percepção de tubarões como animais perigosos foi popularizada pela publicidade dada a alguns casos isolados de ataques de tubarão, como em Nova Jersey no ano de 1916, e através de populares obras de ficção, como a série de filmes “Tubarão”. Peter Benchley, o autor do roteiro de “Tubarão”, bem como o diretor Steven Spielberg, posteriormente, tentaram dissipar a imagem de tubarões como monstros comedores de gente.