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Já perdendo de 2x0 com o fechamento da UH e o fracasso da tentativa de utilização parque gráfico do "Diário Fluminense" apresentamos o rejeitado plano de lançarmos um jornal-cooperativo, com as mesmas características do jornal de Samuel Wainer.
Seria necessário vencer desafios reais, além do custo da equipe: onde imprmir, com que dinheiro. A confiança do sonhador sugeria: vamos começar com um semanário e usar o prestígio adquirido pelo publicitário Oswaldo G. Lopes.,
A descrença coletiva é superior ao individualismo-sonhador, mas o ideário começa com um sonho, acompanhado da capacidade de se imaginar soluções milagrosas.
A necessidade da sobrevivência obrigou a todos a permanecerem no segundo emprego, mas a força do Poder Totalitário era superior. Fechou o "Diário Carioca".
Um ano depois do golpe, o deputado federal Edésio da Cruz Nunes sentiu não poder continuar à frente da modesta "A Tribuna", mesmo tendo entregue a direção a um delegado-jornalista que passou a adotar uma linha identificada com o novo regime.
No Dia de São Jorge, seu padroeiro, sofria ao assédio de três deputados, que acreditavam na normalidade democrática e imaginavam possuir um jornal. Edésio e acatou a avaliação: "O que você prefere: um jornal entregue a políticos ou conduzido por um grupo de jornalistas responsáveis?"
A aceitação marcava a construção de um novo e grande marco na imprensa local, então liderada pelo deputado Alberto Torres (UDN) e que já dirigia o diário "O Fluminense", operante inicialmente na sede do antigo "O Estado", que pertencera ao Patrimônio da União e havia encerrado suas atividades, junto com "A Noite", do Rio de Janeiro. (Continua)