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A taxa anual de desocupação no Brasil em 2023 foi de 7,8%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o que representou uma queda de 1,8 ponto percentual (p.p.) em relação a média de 2022, que foi de 9,6%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa ainda apresentou um recuo de 4 p.p. Em relação a 2019 (11,8%), último ano antes da pandemia. A média de 2023 ficou 0,8 p.p. Acima da marca de 2014, a melhor da série histórica (7,0%).
Além disso, a população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas em 2023, com queda de 1,8 milhões (-17,6%) frente a 2022.
Já a população ocupada chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, batendo o recorde da série histórica, iniciada em 2012, ficando 3,8% acima de 2022. Frente à média de 2012 (89,7 milhões de pessoas), houve aumento de 12,3%.
O ano de 2023 terminou com recorde do número de empregados com carteira de trabalho assinada, 37,7 milhões, alta de 5,8% na comparação com o ano anterior.
O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado também mostrou aumento (5,9%), chegando a 13,4 milhões de pessoas, configurando o pico da série.
A quantidade de trabalhadores por conta própria somou 25,6 milhões no ano passado, subindo 0,9% em 12 meses. A taxa anual de informalidade passou de 39,4% para 39,2% entre 2022 e 2023.
O nível da ocupação do mercado de trabalho brasileiro (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,6% em 2023. Isso representa alta de 1,6 ponto percentual na comparação com 2022. O maior nível já apontado ocorreu em 2013, com 58,3%.
O rendimento real de 2023 foi estimado pelo IBGE em R$ 2.979, alta de R$ 199 na comparação com 2022. Esse crescimento de 7,2% supera a inflação oficial acumulada no ano passado, de 4,62%. O valor se aproxima do maior registrado na série histórica, R$ 2.989, em 2014.
Considerando apenas os dados trimestrais de emprego, que oferecem uma análise mais recente do comportamento do mercado de trabalho brasileiro, o último trimestre de 2023 teve taxa de desocupação de 7,4%. A população ocupada chegou a 101 milhões. Para efeito de comparação, no terceiro trimestre, o nível de desemprego foi 7,7%.
O período de três meses encerrado em dezembro de 2023 apresentou a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Observando apenas os trimestres encerrados em dezembro, o número é o mais baixo desde 2014.
Confrontando o terceiro e quarto trimestres de 2023, o grupamento indústria geral cresceu 2,5%, adicionando 322 mil vagas. A construção teve expansão de 2,7%, o que representou 198 mil novos postos de trabalho. O grupo transporte, armazenagem e correio adicionou 237 mil empregos (+4,3%). O segmento de outros serviços apresentou evolução de 5,8% no quantitativo de mão de obra, somando 302 mil vagas. Já os serviços domésticos ocuparam mais 228 mil pessoas (+3,9%).
Apenas o grupo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve redução na comparação (-4,8%), menos 403 mil pessoas.