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STF mantém prisão do general Braga Netto
Decisão da Primeira Turma do Supremo foi unânime
STF mantém prisão do general Braga Netto
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 14 de março de 2025FacebookTwitterInstagram
Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira, 14, por unanimidade, manter a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e vice em sua chapa nas eleições de 2022.

Ele se encontra preso desde dezembro passado por determinação do ministro do STF Alexandre d Moraes, relator das investigações sobre a trama golpista que planejava o assassinato do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio Moraes.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, é o relator do processo/Divulgação Conjur

Segundo as investigações feitas pela Polícia Federal, Braga Netto estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação premiada de Mauro Cíd, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Após a prisão, a defesa do general recorreu da decisão e pediu que o caso fosse julgado pela Primeira Turma da Corte.

Na sessão virtual desta sexta-feira, 14, Alexandre de Moraes manteve sua decisão que decretou a prisão. Para o ministro, os novos depoimentos de delação premiada de Cid revelaram a "gravíssima participação" de Braga Netto na trama golpista.

"A autoridade policial apontou que Walter Souza Braga Netto tentou controlar o que seria repassado à investigação, demonstrando o  verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento exercido pelo recorrente, além de apresentar relevantes indícios de que Braga Netto atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações", escreveu Moraes na decisão.

O voto foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

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