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Sem o Tupi e o Latim, a morte do Português
Sem o Tupi e o Latim, a morte do Português
Foto do autor Jourdan Amóra Jourdan Amóra
Por: Jourdan Amóra Data da Publicação: 24 de janeiro de 2024FacebookTwitterInstagram

Gari aprumado tentei guardar recortes de jornais com manchetes, textos e publicidade exaltados em nossos jornais, ditos nacionais, mas a lixeira ocuparia muito espaço e nem todos aceitam a trituração destes conceitos sólidos.

Aqui, na "A Tribuna" entendemos a diversidade de costumes, mas priorizamos editar um jornal seguindo os ditames da língua pátria, respeitando as variações dialéticas como o "mineirismo", ou o puxar de "erres" dos paulistanos ou as criativas construções nordestinas e sulistas.

Não tendo absorvido o latim, nem mesmo quando das celebrações católicas até meados do século passado, acreditávamos no sonho de Zamenhof de fazer do idealizado Esperanto um idioma universal.

O Brasil sempre foi um país aberto à chegada de imigrantes de todas as nacionalidades, numa era em que muito contribuíram para o nosso desenvolvimento, longe do "trade commerce". Não aprendi com meu avô, o "capitão" Zaiter Antonio Tanure, qualquer variação da linguagem árabe. Fugidio da invasão turca ao Líbano, ele se alojou no norte de Minas Gerais.

Também não absorvi uma só palavra do idioma da terra das irmãs franciscanas Recoletinas (holandesas), que implantaram, em 23 de abril de 1926, na cidade de Arassuai, o mais admirável colégio do Brasil - o Nazaré -, base segura da minha formação escolar, onde fui aluno do curso primário. Fiquei feliz, décadas após ao voltar à imponente e sagrada escola, tendo a surpresa de ser recebido pela jovem diretora que me reconheceu como vizinha, no tempo em que dirigia a "Casa da Criança", no bairro de São Domingos, em Niterói.

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