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Segundo o INPE, Brasil deve registrar aumento de 40% no número de raios
Uma em cada 50 mortes no mundo ocorre no Brasil. Um levantamento do Inpe mostrou que as incidências aumentam em várias regiões. Em 10 anos, 880 pessoas morreram
Segundo o INPE, Brasil deve registrar aumento de 40% no número de raios
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Por: Redação Data da Publicação: 21 de novembro de 2023FacebookTwitterInstagram
Reprodução

O Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de raios, com 78 milhões de eventos anualmente. 
 

Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revela o impacto desse fenômeno: na última década, foram 266 hospitalizações e 830 mortes em decorrência das descargas elétricas.
 

Felizmente as mortes vêm diminuindo, tendo reduzido de 101 em 2013 para 68 em 2022, mas o Brasil ainda é responsável por um em cada 50 óbitos que ocorrem em todo o mundo. 
 

De acordo com a Veja, especialistas consideram o número alto, sendo o dobro do contabilizado na República Democrática do Congo e o triplo do registrado nos Estados Unidos, países que ocupam o segundo e o terceiro lugar no ranking de descargas atmosféricas, respectivamente. 
 

Entre todos os casos, 27% ocorrem com pessoas em áreas abertas no meio rural e 24% com pessoas abrigadas em suas residências, mas em contato com objetos ligados à rede elétrica ou a rede telefônica. 
 

Os estados do Pará (88), do Amazonas (78) e de São Paulo (77) foram os que registraram o maior número absoluto de óbitos, mas analisando proporcionalmente ao total da população, Tocantins e Amazonas lideram o ranking, com mais de 2 mortes por milhão de habitantes – uma proporção mais de 10 vezes superior à observada em São Paulo, onde a razão ficou em 0,19 por milhão de habitantes.
 

O fenômeno também tem um impacto sobre a agropecuária, tendo sido responsável pela morte de mais de 3.200 cabeças de gado ao longo da última década, um número quase 4 vezes superior aos óbitos humanos.
 

Proteção

As descargas elétricas são mais frequentes na região equatorial e o Brasil, como maior país dessa faixa do planeta, é o principal alvo dessas descargas. 
 

O aquecimento global deve tornar esses eventos ainda mais comuns – de acordo com o Inpe, espera-se que até 2100 o número de raios possa aumentar em até 40%, ultrapassando os 100 milhões anualmente. 
 

A melhor maneira de se proteger é procurar abrigos, dentro de casas, prédios ou construções subterrâneas, como o metrô, sempre distante das redes elétrica, hidráulica e telefônica. Procurar proteção dentro do carro também pode ser uma possibilidade segura. 
 

Caso não haja abrigo nas proximidades, o mais ideal a se fazer é ficar agachado, com os pés juntos, longe de pontos altos e objetos metálicos. Em caso de praias ou piscinas, não se deve permanecer dentro da água ou na faixa de areia, nem tampouco procurar abrigo sob guarda-sol, tendas e quiosques. 
 

Até o fim do século a incidência de raios no Brasil deve ter um aumento de 40%, segundo pesquisas do Instuto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 
 

Um levantamento do Inpe mostrou que, nos dois primeiros meses de 2022, houve aumento de 29% no registro de raios ante igual período em 2021. 
 

Nesses meses, o Brasil estava sob efeito do La Niña, menos potente que o El Niño. Assim, o Inpe acredita que novos eventos podem ser mais acentuados.  
 

No último domingo, um guia turístico morreu ao ser atingido por uma descarga elétrica Pedra da Gávea, na Zona Sul do Rio. Leilson Souza, de 36 anos, guiava um grupo no local. O momento exato da queda do raio sobre Leilson foi flagrado pela turista Carlla Araujo, de Mato Grosso.  

 

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