Imagem Principal
Imagem
Rodrigo promete melhorar a saúde e retomar o Niterói Presente
Rodrigo promete melhorar a saúde e retomar o Niterói Presente
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 03 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: A TRIBUNA

Por Marcus Lacerda e Anderson Carvalho

Ex-prefeito de Niterói por dois mandatos (2013-2020), o candidato do PDT, Rodrigo Neves, de 48 anos, tenta um terceiro mandato prometendo tornar o sistema público municipal de Niterói o melhor do Brasil, retomar o programa Niterói Presente, de segurança pública e resolver o problema da população de rua, com internação para os casos mais graves e qualificação profissional para quem está sem trabalho, entre as suas principais propostas.

QUEM É RODRIGO NEVES

“Minha família é de niteroienses. Meu bisavô veio para cá em 1916. Ele era juiz em Campos e foi presidente do Tribunal de Justiça aqui em 1922. Esse meu bisavô criou os oito filhos no Ingá. Entre eles o meu avô, pai da minha mãe, que criou os 14 filhos no Fonseca, nas décadas de 50 e 60 e eu nasci por acaso em São Gonçalo, porque meus três irmãos já tinham nascido em Niterói, onde é a Clínica São Lucas hoje.

Mas, no dia do meu nascimento, o Ronaldo Lomelino, que era um médico conhecido na cidade, estava de plantão na Clínica São José, em São Gonçalo e nasci e fui criado na cidade. Aqui também iniciei a minha atuação comunitária nas pastorais sociais da igreja, junto às pessoas mais humildes, menos favorecidas e também liderei o movimento estudantil no início da década de 1990, quando fui coordenador e líder da União Niteroiense dos Estudantes. Me formei na UFF, no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. Casei com a Fernanda, há mais de 25 anos. Que também é niteroiense, nascida e criada na cidade, formada em Pedagogia na UFF. Professora desde os 19 anos. Aqui tive três filhos e dois netos.”

Foto: A TRIBUNA

Mobilidade Urbana

“Primeiro a gente precisa lembrar que dez anos atrás o cenário era diferente né? Então, nós estruturamos um plano estratégico, que é muito importante para as cidades de médio e grande porte, com participação da sociedade. Milhares de niteroienses participaram do plano Niterói Que Queremos, que é um plano de longo prazo, de vinte anos. Desde que nasci eu ouvi falar no túnel ligando à Região Oceânica. Em dois anos nós iniciamos e concluímos essa obra, que integrou a Região Oceânica e a cidade. Mas, não foi só isso. Nós fizemos a obra do mergulhão, o alargamento da Rua Paulo Alves, no Ingá, nós fizemos, em parceria com a Ponte, o mergulhão para a Região Norte. Da mesma forma investimos na mobilidade sustentável. Niterói não tinham nenhum quilômetro de ciclovia. E hoje, Niterói é a cidade mais ciclável do Brasil.

E essa obra que eu fiz na Avenida Marquês do Paraná, que era prometida desde a inauguração da ponte, na descida da Marquês do Paraná, nós tivemos que demolir vários prédios e fazer o alargamento da Marquês do Paraná e integrar a ciclovia da Roberto Silveira com a Amaral Peixoto. Fizemos o bicicletário Arariboia. Eu não tenho dúvida que as bicicletas compartilhadas, que são um sucesso, a gente vai levar para todas as regiões da cidade. Nós temos hoje 100 quilômetros de ciclovia, vamos chegar a 160 nos próximos quatro anos.

O terminal de integração no Caramujo, para que os ônibus que vêm de outras cidades integrem ali no terminal, de maneira que nem todos precisem entrar em Niterói e pagando apenas uma passagem, as pessoas possam acessar a Alameda, o Centro de Niterói. Porque hoje Niterói recebe muitos ônibus de toda a região metropolitana. A gente vai fazer esse terminal de integração, que vai desafogar muito a Alameda.

Redução da tarifa de ônibus

“Nós estamos estudando isso. O importante é que já no primeiro ano a gente quer reduzir a tarifa para o usuário, para incentivar o uso do transporte público. A cidade moderna não é a cidade onde todo mundo necessariamente usa carro, mas é onde também as classes médias usam o transporte público, porque ele tem boa qualidade. Uma outra que nós já estamos tratando é que o Estado vai fazer a concessão agora de barcas no final do segundo semestre. Eu espero que eles façam. Esse é o maior problema para Niterói de mobilidade. A ligação com o Rio. Porque quando a Ponte Rio-Niterói para, a cidade para.

A Linha 3 do Metrô, com passagem debaixo d’água, já tinha que ter saído há muitos anos. Mas, infelizmente não saiu e vamos tratar com o Estado para melhorar a qualidade do sistema de barcas e reduzir o preço dos catamarãs em Charitas. Essa questão eu vou priorizar no meu governo para que a gente possa reduzir as tarifas do catamarã, porque hoje os preços são inacessíveis e aumentar a frequência. Com isso a gente vai reduzir muito o fluxo no horário do rush da manhã e no rush da tarde, sobre a Avenida Roberto Silveira, que fica muito congestionada.”

Niterói Presente

“Eu enfrentei a criminalidade e a gente fez em Niterói um programa de segurança pública bem estruturado. Eu fui estudar os programas de segurança mais bem sucedidos no mundo, Medellin e Nova York. Quando eu assumi, Niterói tinha uma taxa de letalidade com 43 mortes por 100 mil habitantes por causas violentas. E o Rio, 35 mortes por 100 mil habitantes por causas violentas. Quando eu terminei o governo, em 2020, nós tínhamos 6 homicídios por 100 mil habitantes, a menor taxa do estado do Rio, uma das menores do Brasil. Isso não é resultado do acaso. Nós fizemos o Niterói Presente, que depois virou programa estadual.

A prefeitura fez um convênio com a Polícia Militar e nós pagamos os salários desses policiais nos seus horários de folga para atuar nas ruas de Niterói. No meu governo, dois terços do efetivo nas ruas eram pagos pela prefeitura. Nós tínhamos em média 200 policiais do próprio batalhão e 400 policiais pagos pela prefeitura nas ruas. Nós fizemos também um reforço da Guarda Municipal um plano de cargos e carreiras, de valorização dos nossos guardas. Construí a primeira sede da Guarda Municipal em um quartel que estava abandonado há muitos anos no Barreto, que é a Cidade da Ordem Pública.

Fizemos dois concursos. Fizemos a Delegacia de Homicídios para a Polícia Civil graças ao investimento da prefeitura no meu governo e os programas para a juventude.  Uma criança que tenha acesso a esporte, educação e cultura dificilmente vai empunhar uma arma para cometer um crime. A gente vê isso no Parque Esportivo e Social do Caramujo, onde mais de 20 mil jovens hoje estão praticando lá 20 modalidades esportivas, em uma área em que 15, 20 anos atrás, criminosos derrubaram um helicóptero da Polícia. Por último, o Centro Integrado de Segurança Pública, que foi o primeiro deste tipo no Rio. Entrou um carro roubado, ele é imediatamente identificado e os criminosos são presos. Então, a gente precisa avançar. Por isso, vou dobrar o efetivo do Niterói Presente, dobrar as viaturas. Eu farei um combate sem trégua, com as ações do MP, do Judiciário e da Polícia Civil, para não deixar as milícias chegarem aqui e tomarem territórios e bairros.”

Saúde

“Reabri o Getulinho e já atendeu mais de um milhão de crianças. A Policlínica do Largo da Batalha funcionava em um conteiner e hoje ela atende mais de 8 mil pessoas. A UPA Mário Monteiro, na Região Oceânica, estava fechada. Eu reabri e ampliei em mais de 50% a capacidade de atendimento. Niterói foi um exemplo na pandemia. Criamos o primeiro hospital do coronavírus no Brasil. Salvou milhares de vida o Hospital Oceânico.

Apoiamos as famílias com renda básica e as empresas com o programa Empresa Cidadã, pagando salários dos funcionários durante 15 meses e salvando milhares de empresas pequenas e médias niteroienses. Mas, precisamos avançar. Por isso, logo no início do meu governo, eu vou contratar imediatamente mais de 200 médicos e com isso, zerar o problema de falta de médicos em algumas unidades de saúde e os centros regionais de exames de especialidades. .”

População de rua e revitalização do centro

“Nós vamos resolver o problema da população em situação de rua em Niterói. Então, nós vamos integrar as ações de assistência social, ordem pública e saúde mental. A gente sabe que não há uma solução única para este problema. As pessoas falam: “Ah, eu vou fazer internação compulsória e resolver o problema. Claro que em alguns casos, você tem que fazer internação compulsória, porque as pessoas perderam a capacidade de tomar uma decisão tal grau de degradação pela dependência química. Mas, mais de 70% dessas pessoas que estão na rua não tem esse problema. São outros, como saúde mental e falta de oportunidade no mercado de trabalho.

Nós vamos implantar um programa integrado, que vai rapidamente auxiliar, acolher e resolver o problema da população em situação de rua. Nós vamos profissionalizar essas pessoas, aquelas que têm condição de serem profissionalizadas e contratar para cuidar dos jardins da cidade. O Centro vai ser um novo vetor de desenvolvimento em Niterói. Vamos construir um centro de convenções ao lado do Caminho Niemeyer, fazer a nova arena esportiva e eventos culturais ali na Concha Acústica. Vamos inaugurar no ano que vem o Cinema Icaraí com salas de cinema, salas de concerto e fazer a nova orla com quiosques modernos, com banheiro e chuveiro.”

Relacionadas