A campanha salarial dos rodoviários de Niterói segue intensa, com assembleias definindo reivindicações da categoria para o período que antecede a data-base, marcada para 1º de novembro.

Enquanto em São Gonçalo o movimento já se encontra em estado de greve, em Niterói a mobilização está em fase de negociação, focada em garantir reajustes e melhorias nas condições de trabalho.

Entre as solicitações estão 15% de reajuste nos salários, aumento da cesta básica para R$ 600 e a implementação de pagamento digital, via Pix ou cartão, substituindo o dinheiro em espécie nos coletivos. O Sindicato dos Rodoviários de Niterói e Arraial do Cabo (Sintronac) reforça que a prioridade é manter o diálogo com as empresas.

“Em Niterói, Itaboraí, Maricá e Tanguá, segue a campanha salarial normal. Em São Gonçalo é o estado de greve por conta das empresas, que se recusam a participar das negociações pelo acordo coletivo”, afirmou o sindicato para o Jornal A TRIBUNA.

No contexto trabalhista, data-base é a data anual em que se renegociam salários e benefícios de uma categoria profissional, normalmente prevista em acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho.

Mudança no itinerário revogada

A Prefeitura de Niterói revogou no dia 20 de setembro um decreto publicado no dia 19 que alterava trajetos e horários de linhas municipais dos consórcios Transoceânico e Transnit, medida que reduziria a oferta de coletivos. A revogação surpreendeu os operadores, que não haviam sido informados.

Em julho, a tarifa dos ônibus subiu de R$ 5,15 para R$ 5,60, sem alterar o Bilhete Único Municipal, mantido em R$ 4,45. Com a nova tarifa, a prefeitura estabeleceu exigências para as concessionárias, como aumento e renovação da frota, ampliação de horários e implantação de todas as linhas da Região Oceânica no corredor exclusivo para ônibus.