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A Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) foi novamente palco de protesto na manhã desta segunda-feira (15), na altura do bairro Rio do Ouro, em São Gonçalo. Em determinamo momento, moradores da comunidade da Linha bloquearam todas as faixas de trânsito e exibiram cartazes pedindo a instalação de uma passarela e de um redutor de velocidade.
Um boneco estendido no asfalto simbolizava uma vítima de atropelamento. Em um dos cartazes, a frase: “Bem-vindo à RJ-106, a rodovia da morte”.
A manifestação ocorre exatamente uma semana após a morte de Pedro, um idoso morador da região que foi atropelado ao tentar atravessar a pista. O bloqueio deixou o trânsito completamente interrompido, e após alguns minutos os manifestantes liberaram meia pista para os veículos, com auxílio da Polícia Militar.
Este não foi um caso isolado. Nos últimos meses, a RJ-106 vem registrando uma série de protestos motivados por acidentes fatais. No sábado (13), moradores incendiaram pneus na mesma região, obrigando motoristas a desviarem pelo canteiro central.
No início de setembro, outra mobilização já havia fechado a rodovia no dia seguinte a morte do mesmo idoso, e em julho, em Várzea das Moças, Niterói, moradores protestaram pela morte de uma jovem de 17 anos atropelada no local.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) informou que estuda a criação de uma passarela subterrânea no trecho do Rio do Ouro e que já concluiu o projeto para a construção de outra travessia em Várzea das Moças, aguardando licitação.
A autarquia também confirmou que os radares da RJ-104 e RJ-106 foram desligados após o fim do contrato com a empresa responsável, mas prometeu nova licitação para reinstalar os equipamentos.
As cobranças incluem não apenas a passarela, mas também melhorias de iluminação, sinalização e conservação da pista, apontadas como fatores que ampliam os riscos de acidentes na rodovia.