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Em 2024, 14 das 27 Unidades Federativas (UFs) apresentaram a menor taxa de desocupação, popularmente conhecida como taxa de desemprego, da série histórica, que começou em 2012. O Rio de Janeiro não foi uma dessas UFs. O estado fluminense registrou o maior índice de desempregados da Região Sudeste e o quarto maior do Brasil, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa anual de desocupação de 2024 no Brasil foi de 6,6% e o Rio foi o único estado do Sudeste que ficou acima dessa média, registrando 9,3% de desemprego. O resultado não é o melhor da série histórica, que foi de 6,9% em 2013 e 2014, mas foi o mais baixo desde 2015 (8,7%). Também pela primeira vez desde 2015, o número de desempregados fluminense baixou da casa dos 10%.
Na comparação com os outros estados do Sudeste, o Espírito Santo liderou a região com 3,9%, seguido de Minas Gerais com 5% e São Paulo com 6,2%. Todos os três ficaram abaixo da média nacional de 6,6%, além de terem registrado o menor índice da série histórica.
Já na comparação com todo Brasil, o Rio só ficou atrás da Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e Distrito Federal (9,6%). As menores taxas de desemprego do país foram Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%). Além disso, o RJ foi um dos 15 estados que ficou acima de 6,6% (média nacional).
A boa notícia para o Rio é que foi mais um ano de tendência de queda. Desde 2021, essa é a terceira queda da taxa de desemprego, finalmente voltando para baixo dos 10%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16). Vale lembrar que, no final de janeiro, o IBGE publicou os números do desemprego no Brasil, sem especificações estaduais.
Outro dado da Pnad Contínua divulgado nesta sexta (14) foi a desocupação por gênero e raça. A taxa de desemprego por sexo foi de 5,1% para os homens e 7,6% para as mulheres no quarto trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,9%) e acima para os pretos (7,5%) e pardos (7,0%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,3%) foi maior do que a dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 6,6%, o dobro da verificada para o nível superior completo (3,3%).