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A campanha do Brasil, na Paralimpíada de Paris, não para de trazer medalhas. Nesta segunda-feira (2), o país ganhou mais quatro ouros (dois no atletismo e dois na natação) e está no quarto lugar do quadro de medalhas, com uma dourada a menos que os Estados Unidos, terceiro.
Atletismo
O dia começou com Claudiney Batista subindo ao lugar mais alto do pódio, no lançamento de disco, classe F56. Ele garantiu o ouro com a marca de 46,86m, novo recorde mundial.
Em 2005, Claudiney sofreu um acidente de moto e lesionou a perna esquerda. No hospital, o ferimento se agravou, e ele foi submetido à amputação do membro por completo.
A segunda medalha de ouro no atletismo veio com Beth Gomes, também no lançamento de disco, na classe F53. Ela alcançou 17,37m, novo recorde Paralímpico.
Também nesta segunda-feira, Beth foi prata na classe F54. Atual recordista mundial e paralímpica, Elizabeth era jogadora de vôlei, quando foi diagnosticada com esclerose múltipla, em 1993. Antes do atletismo, ela também passou pelo basquete em cadeira de rodas.
Natação
Na piscina de Paris, Carol Santiago não só ganhou o ouro, como fez história. Ao vencer a final dos 50m livre, da classe S13, ela se tornou a maior campeã paralímpica do Brasil, com cinco conquistas.
Carol já havia triunfado nos 100m costas S12, em Paris, e nos 50m e 100m livre e nos 100m peito, em Tóquio, em 2021.
Ela nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina, que reduz o campo de visão.
Outro fenômeno brasileiro nas águas parisienses é Gabrielzinho. Ele levou o terceiro ouro dele nos Jogos. Após garantir o lugar mais alto do pódio nos 100m costas S2 e nos 50m costas S2, Gabriel Araújo venceu a final 200m livre S2.
Gabrielzinho tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas. Com as três medalhas douradas na França, ele também chegou às cinco na carreira (foi campeão dos 200m livre e dos 50m costas, no Japão).