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Relatório da PF aponta que Cláudio Castro recebeu R$326 mil em propina
Documento do STJ aponta que pagamentos foram rastreados pela Polícia Federal. Castro diz que acusações são "infundadas, velhas e requentadas'
Relatório da PF aponta que Cláudio Castro recebeu R$326 mil em propina
Foto do autor Pedro Menezes Pedro Menezes
Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 18 de janeiro de 2024FacebookTwitterInstagram
Cláudio Castro e a mochila que supostamente estava com propinas

Um relatório da Polícia Federal (PF) aponta que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), recebeu pagamentos indevidos ao menos em sete oportunidades, entre os anos de 2017 e 2019.

Na ocasião, Castro era vereador e vice-governador do estado. A propina somada chega a $326 mil e US$20 mil.

Em nota, o mandatário fluminense classifica as acusações como "infundadas, velhas e requentadas".

A investigação da PF é citada na decisão do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizando mandados de busca na casa de Vinícius Sarciá, irmão de criação do Cláudio Castro.

"Há indícios suficientes da prática de crimes, cuja dinâmica envolve a atuação de Cláudio Castro como o agente político apoiando a atuação ilícita das pessoas jurídicas comandadas por Flávio Chadud e Marcus Vinícius Azevedo da Silva, na execução de contratos públicos", escreveu o ministro do STJ.

Cláudio Castro teria recebido propina em dinheiro vivo em no estacionamento de um shopping, na casa de um assessor, em sua própria residência, e na sede de uma empresa com contratos com o Estado.

Conforme o relatório, Castro também sacou propina até nos Estados Unidos, durante uma viagem à Disney.

A emissora Globonews teve acesso ao conteúdo da decisão do STJ. Lá é revelado trocas de mensagens que a polícia acredita se tratar de Claudio Castro combinando com dois empresários acusados de corrupção a entrega de propinas, em algumas ocasiões.

Em um desses momentos, é citada uma visita do então vice-governador ao empresário Flávio Chadud, em meados de 2019. Flávio era dono da Sevlog, firma que tinha contratos milionários com a Fundação Leão XIII, subordinada ao vice-governador.

O ministro escreveu no documento que "câmeras registraram o momento em que Cláudio Castro chega ao local, às 9h15, sendo recebido por Flávio Chadud, oportunidade na qual o primeiro portava uma maleta aparentemente vazia. Ao saírem do local, às 10h33, as imagens registram nítida diferença de volume na maleta, a alicerçar a conclusão pelo provável recebimento de vantagem indevida por parte de Cláudio Castro".

A suspeita da PF é que o valor da propina seja de R$ 100 mil.

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