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Pode levar mais de 15 anos a recuperação das cidades atingidas pelas inundações no Rio Grande do Sul. A declaração foi dada por Marcelo Dutra da Silva, professor de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande, à BandNews FM.
“Imagine a gente agora ter que reconstruir estradas inteiras em ambiente de serra, pontes, que são coisas que não só demoram, como são também custos e tem uma engenharia enorme para ser feita. E, se elas forem simplesmente reconstruídas no mesmo lugar, do mesmo jeito, vulneráveis da mesma forma, em eventos futuros elas vão sofrer de novo e a gente vai falar das mesmas coisas”, disse.
Como exemplo, Marcelo citou que localidades afetadas não podem voltar a se habitadas, já que sofreram com outras adversidades climáticas menos intensas, no passado, e podem voltar a sofrer com tragédias futuras.
“Numa situação como essa, não pode ter improviso. Numa situação como essa, você tem que saber exatamente o que cada um tem que fazer. Afinal de contas, nós estamos falando em salvar vidas. Nós temos alguns planos traçados a nível nacional, mas eles precisam ser mais operacionais. Precisamos ter planos que tracem exatamente o que cada um vai fazer”, afirmou à BandNews FM o prefeito de Niterói, Axel Grael, que é vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos e presidente da Comissão de Cidades Atingidas e Sujeitas a Desastres.
Na última quinta-feira (9), de acordo com a Agência Brasil, o Governo Federal anunciou um conjunto de medidas, que deve injetar quase R$ 50,945 bilhões na economia do Rio Grande do Sul. A antecipação de benefícios, a estruturação de projetos de logística e infraestrutura e, principalmente, o aporte de recursos para alavancar e subvencionar o crédito estão entre as ações.
Segundo balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 447 municípios foram afetados; 79.540 pessoas estão em abrigos; 538.241 estão desalojadas; 2.115.703 foram afetadas; 806 feridas; 127 desaparecidas; e 147 óbitos confirmados.