Assinante
Em 2025, com apenas 13 deputados federais, três senadores e três governadores, o PSDB negocia uma fusão com o PSD para continuar existindo após as eleições de 2026. O partido está preocupado com a cláusula de barreira, que ficará mais rígida a partir do próximo pleito. Vários diretórios estaduais tucanos já defendem a fusão. A direção nacional da sigla garante que o PSDB vai sobreviver.
Nesta quinta-feira, 12, o presidente nacional tucano, Marconi Perillo, reuniu-se com lideranças do partido em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e discutiu a fusão com o PSD nacional, que o diretório local defende. A segunda opção é a sigla se fundir com o partido Republicanos. A movimentação é devido à cláusula de barreira nas eleições de 2026, que será ainda rígida. Em conversa com jornalistas, afirmou que vai ouvir as direções tucanas de todos os estados.
O partido vai ainda discutir a federação com o Cidadania, iniciada em 2022. Os tucanos já conversaram sobre fusão também com o MDB, Solidariedade, PDT e Podemos. Nada avançou até agora. Na fusão, os partidos adotam um novo nome, com um diretório unificado. Isso é o que ocorreu com o União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL
Em nota oficial divulgada também nesta quinta-feira, o PSDB Nacional afirmou que a sigla não vai desaparecer.
“Em respeito a 1,35 milhão de filiados e à história de todos que ajudaram a fundar e a construir o partido que fez as reformas mais importantes do Brasil, o PSDB vai continuar existindo. Vamos continuar dialogando com os demais partidos que estão no centro do espectro político brasileiro para construir uma alternativa aos extremos, garantindo a identidade do PSDB”, disse um trecho da nota.
“A partir da eleição de 2026 a chamada “cláusula de desempenho” ficará mais rígida e precisamos encontrar soluções para superar esse obstáculo. Isso inclui a construção de chapas fortes para as eleições para o Congresso Nacional, para as assembleias estaduais e distrital, para os governos estaduais e para a Presidência da República”, continuou o documento.
“Pode fazer parte também dessa estratégia a aliança com outros partidos do centro democrático, seja em formato de federação como a que temos com o Cidadania —que se encerra no primeiro semestre de 2026 e que estamos em conversas para avaliar a viabilidade de sua manutenção ou ampliação—, seja com a convergência de outras legendas ao PSDB.”, explicou a nota.