Assinante
A produtora niteroiense Agatha Lavina foi agredida por um homem em situação de rua, nesta quinta-feira (18), na Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói. Em depoimento sobre o ocorrido em seu perfil no Instagram, ela relatou que estava sentada e acompanhada de um amigo aguardando o Uber quando, "do nada”, uma pessoa chegou perto dela e deu uma "garrafada na cara e um soco no olho".
“Estava eu sentada no início da Amaral Peixoto com um homem, parte muito importante dessa história, com um homem, uma pessoa de sexo masculino grande, alta, sentada no início da Amaral Peixoto, esperando o Uber com meu celular na mão, afinal, eu sou muito brabona, carioca, nunca fui saltada, entendeu? Ninguém me pega. Esperando o Uber quando, do nada, veio uma pessoa até mim, me dá uma garrafada na cara. Uma garrafada na cara! E um soco no olho, do mais absoluto nada, de graça. Eu com meu celular na mão, eu deitei aqui, assim, de cócoras, na mesma hora, com meu celular na mão, fiquei, o cara nem tentou me pegar, ele só queria machucar alguém, ele estava com muito óleo no coração” disse a profissional de marketing.
Agatha ainda destacou que poderia ter morrido caso o agressor estivesse armado. Ela espera que sua mensagem sirva de alerta para outras mulheres.
“Eu que sempre achei que se acontecesse alguma coisa comigo, eu ia correr, eu ia fazer, ia acontecer, eu só fiquei deitada no chão, em posição de cócoras, só chorando, eu chorei duas horas seguidas, tal qual uma criança que levou uma surda. Mãe, tô aqui falando, rindo, mas tô traumatizada, não sei quantas terapias eu vou ter que fazer pra superar isso acontecendo. E, do mais absoluto do nada, se ele tivesse com uma faca, ele tinha me matado porque o bichinho tava com ódio. O bichinho tava com ódio do mundo que eu nunca vi nada igual aquilo. Uma raiva. Que ele simplesmente veio me bater o seu correndo, ele queria só descontar a raiva dele em alguém. E aí, não consegui fazer porra nenhuma, fiquei chorando”, relatou.
Na legenda do vídeo, a moradores de Niterói escreveu ainda: "Que pelo menos sirva de alerta, principalmente para outras mulheres. Não existe local, nem hora, nem companhia que nos ofereça segurança. Eu estava em frente à delegacia, em plena luz do dia, acompanhada de um homem e mesmo assim aconteceu isso comigo... nunca estamos protegidas, nunca!".