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No último Boletim Focus do mês de abril, a previsão para a inflação caiu pela segunda semana seguida. A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, passou de 5,57% para 5,55% este ano, na análise recente do relatório semanal do Banco Central.
Apesar da queda, a projeção ainda está acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. Para 2026, a expectativa subiu para 4,51%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.
O principal meio de controle da inflação é a Taxa Selic, o juros básico da economia, que atualmente está em 14,25%. A previsão do mercado financeiro para o final de abril segue a mesma há 16 semanas, em 15% ao ano. Ou seja, o Comitê de Política Monetária (Copom) é esperado para aumentar o índice mais uma vez na próxima reunião.
Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Já a expectativa de expansão da economia ficou a mesma da semana passada. A projeção do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de bens e serviços produzidos no país, segue em 2% ao ano.
Para 2026, a projeção para o PIB também ficou em 1,7%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,90 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,95.