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A prévia da inflação de janeiro de 2025 ficou em 0,11%, 0,23 ponto percentual (p.p.) abaixo do registrado em dezembro (0,34%), segundo o publicado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No acumulado nos últimos 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 4,50%.
As maiores influências vieram dos grupos de Alimentação e bebidas, que registrou alta de 1,06% e impacto de 0,23 p.p no índice geral, e Transportes (1,01% e 0,21 p.p.). A única taxa negativa veio do grupo Habitação (-3,43% e -0,52 p.p), resultado que ajudou a conter o índice no mês.
Vale lembrar que em janeiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,31%. Depois da alta de 0,62% em novembro do ano passado, esse é o segundo mês de desaceleração na inflação.
O IBGE destaca que oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variações positivas em janeiro. No contexto da alta de preços em Alimentação e bebidas (1,06%), a alimentação no domicílio registrou variação de 1,10% em janeiro, influenciada por aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. Tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (1,26% e 1,34%, respectivamente).
A outra grande contribuição em janeiro veio do grupo Transportes (1,01%), influenciado pelas passagens aéreas, que subiram 10,25% e registraram o maior impacto individual do mês: 0,08 p.p. Em combustíveis (0,67%), houve aumentos nos preços do etanol (1,56%), do óleo diesel (1,10%), do gás veicular (1,04%) e da gasolina (0,53%). Além disso, o reajuste nas tarifas de ônibus em várias cidades e de outros meios de transporte também impactou no índice, assim como as gratuidades cedidas em datas especiais como Natal e Ano Novo.
O grupo Habitação, único resultado negativo no mês, registrou taxa de -3,43% e impacto de -0,52 p.p. no índice geral. A energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,60 p.p.), ao recuar 15,46% em janeiro. A queda registrada é em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de janeiro.
Na análise regional, 10 das 11 regiões pesquisadas apresentaram índice positivo no primeiro mês do ano. A maior variação foi de Goiânia, com 0,53%, enquanto a menor foi a de Porto Alegre, com -0,13%. O Rio de Janeiro registrou inflação de 0% no mês de janeiro, ficando abaixo da média nacional, mas não registrando deflação.