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Agentes das delegacias de Homicídio do Rio de Janeiro realizaram, nesta quinta-feira (8), a "Operação Malefactores" contra um grupo criminoso envolvido em diversos homicídios na capital. Durante a ação, foram presos o policial civil Ryan Patrick Barbosa de Oliveira, de 23 anos, além de dois policiais militares e um militar da Marinha, ainda não identificados. Armas e munições ilegais foram apreendidas.
Segundo a Polícia Civil, além do mandado de prisão contra Ryan, que foi encontrado na na Baixada Fluminense, o objetivo da operação é cumprir 41 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal da Capital.
Equipes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) e Corregedoria da Polícia Militar também realizam diligências.
Eles cumprem mandados de busca e apreensão relacionados aos homicídios de Marco Antônio Figueiredo Martins, conhecido como "Marquinho Catiri", e Alexsandro José da Silva, ambos ocorridos em novembro de 2022, em Del Castilho, na Zona Norte.
De acordo com a Polícia Civil, os acusados são integrantes de uma organização criminosa voltada para comercialização de cigarros e exploração de jogos de azar.
Durante as investigações, os agentes constataram que os membros do grupo monitoraram uma possível vítima, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, que teria sido alvo da "Operação Fim da Linha”, deflagrada pela Polícia Federal, em novembro de 2022, contra o jogo do bicho.
As investigações permitiram identificar três suspeitos, sendo um deles o Ryan. Os outros dois foram presos recentemente por envolvimento no homicídio do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrido em fevereiro deste ano, no Centro do Rio.
De acordo com a investigação, o policial civil era responsável pelo monitoramento da vítima Antônio Gaspaziane Mesquita Chaves, executado no dia 9 de junho na esquina da Rua Souza Franco com a Rua Teodoro da Silva, no bairro de Vila Isabel.
Ryan aparece nas imagens de câmeras de segurança vestindo uma camisa de cor laranja e segue a vitima em sua motocicleta pelo Centro do Rio. Após deixar um dos bares dos quais era proprietário, Antônio se dirigiu ao bar Parada Obrigatória, do qual também era sócio. Permaneceu lá por cerca de trinta minutos, sendo acompanhado visualmente pelo policial, que repassava instruções para os executores por meio de seu telefone celular.
Quando a vítima embarcou em seu veículo, que estava parado na Rua Souza Franco, esquina com a Boulevard 28 de Setembro, Ryan deu o sinal para que os executores entrassem em ação.
Antônio teve o seu veículo interceptado por outro automóvel, um VW Polo, do qual desceram os atiradores, que efetuaram diversos disparos fatais.
A investigação aponta que a vítima foi morta por ter desviado dinheiro das máquinas caça-níqueis que possuía em seus bares e que pertenciam ao grupo que domina a região.