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PF prende 5 em Niterói e SG em operação contra fraude na Caixa
A ação aponta um prejuízo estimado de R$ 10 milhões em fraudes em programas de transferência de renda
PF prende 5 em Niterói e SG em operação contra fraude na Caixa
Foto do autor Pedro Menezes Pedro Menezes
Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 10 de julho de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Reprodução

A Polícia Federal prendeu oito pessoas nesta manhã de quarta-feira (10), numa operação para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes a programas de transferência de renda, com atuação em cinco estados brasileiros. Três prisões foram efetuadas em São Gonçalo, duas em Niterói. As outras detenções aconteceram em São Paulo, Amazonas e Piauí.

No total, foram 11 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Piauí.

As apurações identificaram a organização criminosa especializada em fraudes a programas de transferência de renda, bem como apontaram um prejuízo estimado de cerca de R$ 10 milhões.

Durante as investigações, constatou-se a participação de um servidor e duas funcionárias terceirizadas da CAIXA, que foram cooptados pela quadrilha em troca de propina para realizar a liberação do acesso dos criminosos ao aplicativo CAIXA-TEM, que gerencia as contas digitais sociais da instituição financeira e pelo qual são geridos os valores de benefícios sociais, entre eles o Auxílio Emergencial.

Logo após a liberação realizada pelos funcionários, os criminosos se apropriavam das contas digitais sociais de terceiros por meio do aplicativo CAIXA-TEM e desviavam valores oriundos de programas de transferência de renda. 

Os criminosos abriram diversas contas bancárias em nome de moradores de rua, em clara situação de vulnerabilidade social, para receber vultuosas quantias oriundas das referidas contas. Em seguida, os valores eram transferidos entre os integrantes da quadrilha.

Uma análise minuciosa das contas bancárias utilizadas pela organização criminosa levou à conclusão de que as mesmas foram abertas em nome de terceiros que não tinham conhecimento acerca das fraudes, e eram utilizadas unicamente para abrigar o montante desviados das contas digitais sociais. Em seguida, os valores eram integralmente repassados entre os destinatários finais dos recursos.

Além do crime de integrar organização criminosa, os investigados responderão pelos crimes de furto qualificado, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.

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