Pescadores de SG encontram na Baía uma garrafa de refrigerante de 1994
Garrafa possui rótulo com jogadores que ganhariam a Copa daquele ano
Pescadores de SG encontram na Baía uma garrafa de refrigerante de 1994
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Por: Redação Data da Publicação: 23 de Outubro de 2023FacebookTwitterInstagram
Foto: Reprodução/TV Globo

Pescadores de São Gonçalo, encontraram às margens da Baía de Guanabara uma garrafa plástica, de refrigerante, produzida em 1994. A Coca-Cola de 2 litros, praticamente intacta, possui rótulo com caricaturas de jogadores que ganhariam o tetracampeonato naquele ano.

A peça foi encontrada na areia de uma das praias da Ilha do Pontal. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma garrafa, como essa, leva 450 anos para se decompor no ambiente. Já as tampinhas se deterioram em cerca de 150 anos.

Latinhas de alumínio variam entre 200 a 500 anos a sumir. Por fim, o vidro possui decomposição de 1 milhão de anos.

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A Federação de Pescadores do Rio de Janeiro informou que desde fevereiro, já retiraram mais de 150 toneladas de lixo da Baía, através do programa Águas da Guanabara.

Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO
Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO

Em entrevista para A TRIBUNA, o presidente do INEA, Philipe Campello contou que a sujeira da Baía aumenta em período de chuvas, a água entra no sistema pluvial junto com resíduos sólidos urbanos.

Para recuperar a Baía, num primeiro momento o INEA visa fazer o CTS (Coletor de Tempo Seco), que é um grande cinturão da Baía de Guanabara que vai barrar águas da drenagem das cidades pluviais e vai cair nesse sistema coletor. Esse sistema coletor vai jogar uma elevatória, essa elevatória vai jogar para uma Estação de Tratamento de Esgoto, vai tratar e jogar água limpa para a Baía de Guanabara.

Bilhões de prejuízo

Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que o RJ joga fora mais de R$ 2 bilhões em resíduos que poderiam ser reciclados.

O órgão também diz que em 2021 mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos pós-consumo com potencial de reciclagem foram enviados para aterros no estado. “Esse volume representa mais de R$ 2 bilhões em recursos literalmente enterrados”, declarou a Firjan.

Porém, a Firjan apontou um avanço na separação dos resíduos pós-consumo gerados por empresas, que saltou para 35,8% do fluxo, ante os 20,9% encontrados em 2019. Já a separação de resíduos sólidos urbanos, representada pelo percentual de coleta seletiva, permanece em 1,3% do total.

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