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Por conta das fortes chuvas que atingiram Niterói e região na tarde desta quinta-feira (11), passageiros que utilizam o Terminal Rodoviário de Niterói enfrentam longas filas de espera.
Nas imagens feitas pela nossa reportagem, é possível ver a espera ultrapassa a porta das plataformas destinada aos ônibus.
O Gilberto Rodrigues, que é morador de São Gonçalo e trabalha em Niterói, afirma que aguarda o seu ônibus com destino ao Mútua desde às 17:30.
“Como você pode ver, a fila está gigantesca e isso não é só meu ônibus não, são em todos. A gente chega do trabalho cansado e ainda precisa lidar com esse tipo de situação”, relatou.
A aposentada Maria das Graças Amaral, que é uma das vítimas da longa espera, conta que não aguenta ficar muito em pé por conta do problema de osteoporose.
“Tô aqui esperando meu ônibus e as filas estão gigantes. O pior de tudo que eu já sou aposentada e não posso ficar muito tempo em pé”, disse.
Em nota, o Sindicato das Empresas dos Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj) informou que cabe ao poder concedente, seja municipal ou estadual, o planejamento do sistema de transporte público, com a definição do número de linhas, quantidade de ônibus em operação e os horários de saída dos coletivos. As autoridades de transporte também têm a responsabilidade de promover as condições necessárias para o cumprimento do plano operacional, a fim de atender às expectativas dos passageiros, mantendo um sistema de transporte equilibrado do ponto de vista econômico-financeiro. As empresas, no entanto, apesar dos esforços para manter um transporte de qualidade, vêm enfrentando um cenário desfavorável que combina tarifas defasadas, aumento dos custos operacionais, concorrência desleal do transporte clandestino e por aplicativos e perdas acumuladas pela pandemia de Covid-19.
Já a administração do Terminal Rodoviário João Goulart informou que o problema das filas é consequência da diminuição das frotas de ônibus, que vem se verificando desde a pandemia. A TERONI não tem como interferir nas decisões adotadas pelas Empresas de Viação, ainda mais que todas alegam problemas econômicos. Temos sempre contado com a colaboração do SETRERJ (Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro) no sentido de minorar os problemas que as deficiências no transporte provocam à população, mas estas dependem naturalmente do equilíbrio econômico financeiro das viações. Em relação a ampliação dos ônibus, a TERONI disse que as ampliações demandam estudos muito apurados, ainda mais se considerarmos que o fluxo de acessos de usuários ao Terminal diminui em cerca de 30%, o número de ônibus intermunicipais passou de 1.600 para 720, os municipais de 550 para 350 depois da pandemia.
A TRIBUNA também procurou a Prefeitura de Niterói, mas não houve retorno até o fechamento deste texto.