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Finda a "guerra fria" do pós guerra com o fim da dependência aos blocos capitalistas (EUA) e do socialismo marxista-leninista (URSS), o mundo conviveu com radicalismos nativos em cada país e, agora, a Europa indica, nas urnas, que todos os povos estão à busca de governos capazes de oferecer eficiência na gestão do bem público e na preservação do bem estar no planeta.
Se tombaram os países socialistas vermelhos, a sempre dominante Direita perdeu a sua realeza, através do processo de consulta democrática.
Já não temos figuras como Stálin, Franco ou Salazar, engolidos pela onda anti Hitler e Mussolini, como também acabou a hegemonia construída por Fidel Castro, em Cuba.
A primeira vitória marcante anti radical, ocorreu em urnas na Espanha, alcançando o próprio Reino-Unido e conduzindo a França para rumos mais centristas. Exceção ficou para a Argentina que, na América do Sul, consagrou um extremado direitista para o centro do Poder, tentativa fracassada no Brasil com o apagar das luzes de Jair Bolsonaro.
Nenhum modelo vigente no passado está sendo exaltado. Estão prevalecendo as bandeiras da defesa do clima, da fraternidade universal - apesar das reações a imigrantes, em alguns casos - e da construção de uma fase de redução de desigualdades com melhor governança do Poder Público.
O REINADO INGLÊS
A derrota dos conservadores do Reino Unido com a ampla maioria conquistada pelos trabalhistas que estavam há 14 anos fora do Poder, demonstrou que os ingleses não estavam em conformidade com a velha política colonialista que ampliou a grandeza da velha Inglaterra, à custa de países dominados.
O Brasil, que reagiu às invasões francesa e holandesa, conseguiu domar o capitalismo dominador inglês que dominava setores como a telefonia, a energia e até mesmo os transportes, em meio a uma onda nacionalista que impediu aos gringos dominar setores como o do petróleo.
O EQUILÍBRIO FRANCES
Modelo de defesa dos direitos humanos, a França demonstrou rejeição ao radicalismo. Impediu a expansão de Emanoel Macron e rejeitou a anunciada expansão da extrema Direita. Ambos lados foram às urnas condenando o autoritarismo dominador de Benjamin Netanyahu, que pretende acabar com os sonhos de um Estado Palestino, massacrando os que reagem ao seu domínio racista e expansionista.
Macron não conseguiu manter a sua hegemonia, mas as esquerdas barraram os sonhos da direita: a Nova Fronteira cresceu passando a contar com 187 parlamentares de uma coligação de esquerda, mas superando a coligação governista "Juntos", que obteve 168 cadeiras, perdendo 82. A extrema Direita (Reunião Nacional) ficou com apenas 143 cadeiras.
Os Republicanos conquistaram 45 e outros partidos ficaram com 39 cadeiras.
SÓ FALTAM 89 DIAS
O grande julgamento popular nas urnas acontecerá domingo, dia seis de outubro. A contar deste dia nove de julho, só restarão mais 89 dias para definir os rumos a serem seguidos pelos vereadores, vice-prefeitos e prefeitos durante quatro anos, isto é, até 2028. Eles também terão influência nas eleições de 2026, quando serão eleitos os deputados estaduais, federais, senadores, governadores e Presidente, além do seu vice.
É o tempo decisivo para os candidatos se comunicarem com os eleitores, apresentando suas propostas para os mandatos a serem exercidos, notadamente no comando das Prefeituras.
O contexto eleitoral deste ano é diferente dos anos anteriores, com a clara rejeição aos extremismos e a prevalência dos méritos pessoais e programas de ação, pois os povos estão demonstrando maior consciência política.
E O BRASIL?
O efeito destas mudanças está chegando ao nosso país, como uma advertência contra os demagogos e os "donos do Poder".
Mais do que troca de farpas entre lulistas e bolsonaristas, os eleitores estarão centrados para o modelo de avaliação dos méritos dos candidatos, a começar pelo conhecimento de seus programas para o exercício de mandatos populares.
Os poderes econômico e político terão menor dimensão na eleição de outubro e há uma tendência de rejeição à velha política, o que reduz o fervor eleitoral e pode conduzir, por falta de boas lideranças, a expressivos números de votos nulos, brancos ou até de ausência às urnas.
As pesquisas eleitorais de hoje serão diferentes das que virão após agosto.
PARLAMENTO JUVENIL
Alunos do ensino médio da rede pública estadual ganharam um prazo maior para se inscreverem na 15ª edição do Parlamento Juvenil (PJ), que será realizada este ano, numa iniciativa da Alerj, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc). As inscrições podem ser feitas até o dia 2 de agosto, e o programa possibilita que um adolescente de cada município tenha a oportunidade de vivenciar a rotina de trabalho de um deputado estadual, durante a Semana Parlamentar, que acontecerá em novembro.
LICITAÇÃO
A Transpetro, subsidiária da Petrobras, anunciou nesta segunda-feira (8) a licitação internacional para aquisição de navio da classe Handy, de 15 a 18 mil toneladas de porte bruto, para transporte de produtos do petróleo, como a gasolina. A previsão para se conhecer o estaleiro vencedor será dezembro na assinatura do contrato.