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Os automobilistas e passageiros de ônibus enfrentam uma "via crucis" nas rodovias estaduais e federais enfrentando mais de quatro horas, na ida e mais quatro na volta, para percorrer os caminhos de 170 km de intensa procura, tanto no sentido da Região dos Lagos quanto para o sudeste fluminense, caminho, por exemplo, em direção à Aparecida ou a Campos do Jordão.
A duração pode ser maior em função da necessidade de, pelo menos, uma parada intermediária junto aos ampliados centros de gastronomia, que festejam o aumento da receita nestas temporadas. Se isto é estimulador para ganhos com os turistas, estes se queixam dos altos custos das mercadorias oferecidas e essenciais. O comércio artesanal, de roupas e presentes também é favorecido.
Apesar do crescimento das viagens para centros turísticos, o sofrimento no deslocamento não é estudado pelas autoridades pois os traçados rodoviários são antiquados e tem como novidades os excessos de quebra-molas e radares controladores de velocidade, além da precariedade do asfalto em algumas vias. As multas são poucas pois, em média, o limite é de 40 a 50 km por hora e os engarrafamentos geram um deslocamento bem lento. A viagem em cada 170 km registra uma média de 40 a 45 km de desenvolvimento dos veículos.
Sem estrada adequada, o usuário ainda é penalizado pelo grande número de cabines de pedágios, que não geram em retorno com a melhoria da circulação.
CAMINHO DA DUTRA
O maior temor no caminho do sul fluminense e São Paulo é a Serra das Araras, com subidas íngremes, curvas e ocorrência de constantes acidentes, inclusive com tombamento de caminhões, perda de direção nas curvas e eventuais colisões.
A Rodovia, aberta nos anos 50, só recebeu uma duplicação e gerou o abandono do antigo traçado entre Seropédica e Rio Claro.
À rigor, as únicas alternativas em situações graves como a das greves de caminhoneiros e outros tipos de interdições ocasionais, é a problemática rodovia litorânea Rio-Santos ou, ao norte, a ligação movimentada entre Juiz de Fora e São Lourenço.
CAMINHO DOS LAGOS
Desde os anos 70, foi projetada a Rodovia Litorânea, alternativa à RJ-106, mas apenas o trecho nas imediações baixas da Serra do Mato Grosso (Jaconé-Sampaio Correia) foi executado. Num esforço de ex-vereador de Maricá e servidor do DER, com a ajuda da empresa Melgil, foi aberta a estrada da Serrinha, ligando Itaipu a Itaipuaçu.
A rodovia Rio Bonito-Araruama (hoje, parte da Via Lagos) foi asfaltada na gestão do governador Geremias Fontes (1967/71) mas, logo veio a privatização que impede alternativas como a via entre São Pedro da Aldeia e Silva Jardim ou condições de tráfego em vias paralelas, ao norte, da RJ-106 capazes de evitar o saturado trecho litorâneo entre Bacaxá e Rio das Ostras.
No último feriadão, o engarrafamento começou a partir da praça de pedágio. Centenas de motoristas "fugiram" pela via de acesso ao condomínio industrial de Rio-Bonito e outros ousaram a opção da Avenida 22 de Maio, em Itaboraí e até a temida RJ-104, passando pelo Alcantara.
EM FAMILIA
Filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Rafael Picciani deixa o Secretariado do governador Cláudio Castro para assumir a vaga aberta com o falecimento do Deputado Otoni de Paula (o Pai), com o mesmo prenome duplo é deputado federal. Para seu lugar, na Secretaria de Turismo, assume Gustavo Tutuca.
BAIXA DE PREÇO
Depois das ondas altistas, a Petrobrás oferece uma boa notícia aos consumidores: baixou o preço do gás natural. A redução é de 5% na área carioca da CEG e de 2,04% no interior fluminense.
No Estado do Rio, trafegam 1,7 milhão de carros abastecidos com GNV em 700 postos.
Menos poluentes (20 a 30% a menos de dióxido de carbono), os carros-GNV rodam 14 km com um metro cúbico de combustível.
MULHERES NO PODER
A Ministra Carmem Lúcia substituiu Alexandre Moraes na presidência do TSE.
No México, uma mulher, Cláudia Sheinbaum, foi eleita substituta do presidente Lopes Obrador e tem como uma de suas metas promover eleições para preenchimento de todos os cargos na magistratura, desde a primeira instância à Alta Corte.
Sua concorrente, Xóchitl Galvez, classifica como "fria" e com um passado de militância à esquerda. Ela já foi prefeita,
Curiosamente, o marido dela chama-se Manoel Tariba Jesus.
BEIRA-MAR
Quem tem propriedades na orla brasileira tem duas preocupações: a Proposta de Emenda Constitucional que vai substituir os foros e laudêmios nos "terrenos de Marinha", pela privatização destas áreas públicas e, atualmente, de uso pelos ocupantes do solo à beira mar e a confirmação científica do avanço do mar sobre o continente. Em algumas regiões, o mar avançará, em média, oito centímetros por ano. Em Atafona (Campos), o avanço iniciado na década de 50 tornou o centro num grande e desocupado areal e provocou o fechamento da Escola de Marinheiros.
NÃO À PRIVATIZAÇÃO DAS PRAIAS
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, nesta segunda-feira (3), que o governo é contra a proposta que permite a privatização de áreas de acesso às praias brasileiras e vai trabalhar para suprimir esse trecho no projeto que tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. “Do jeito que está a proposta, o governo é contrário a ela”, disse, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
UM PETISTA PARA PAES
Nos bastidores, especula-se que o secretário de Assuntos Federativos da Secretaria de Assuntos Institucionais, o petista e ex-deputado estadual, Andé Ceciliano, deixe o cargo do governo federal para formar chapa, como vice, junto ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), nas eleições de outubro próximo. O mandatário carioca se reuniu com Lula na última quarta (29) e teria revelado interesse em emplacar o ex-presidente da Alerj na vice de Paes. Por enquanto, o mais cotado é ainda o deputado federal Pedro Paulo (PSD).