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A onda de calor que vem castigando a região metropolitana do Rio de Janeiro está afetando não somente as pessoas. Os pets também têm sofrido. Com temperaturas ultrapassando os 40ºC e com sensação de quase 60ºC, tanto humanos quanto animais precisam de cuidados, nesta situação.
A Tribuna conversou com o médico Luis Fernando Barros, que deu dicas de como proceder, nestes dias de calor intenso.
“É essencial hidratar-se bastante, fazer refeições leves, evitar andar na rua nos períodos de maior incidência de raios UV (das 10h às 16h), usar roupas frescas se possível e, mais do que nunca, usar protetor solar”.
Ele também alertou sobre os efeitos que as altas temperaturas têm no organismo.
“O calor excessivo pode causar desde dor de cabeça, desidratação e aumento da pressão arterial, até queimaduras e insolação, nos casos de exposição prolongada. Também pode haver alterações do comportamento, principalmente em relação ao humor. Ficamos mais irritados, cansados, suscetíveis a situações de estresse”.
Já o veterinário Rodrigo Franco explicou como são os procedimentos com os animais de estimação.
“Os tutores devem se preocupar com o horário do passeio. Não caminhar nos horários quentes. Dando preferência a caminhar com seus cães pela manhã 6:00 h ou de noite. Dar água gelada, pode colocar pedras de gelo na vasilha. Nas lojas pets vendem tigelas geladas que ajudam a manter a temperatura ideal nesse calor. Manter o pet em local arejado”.
O profissional também destacou que é importante o cuidado com todas as espécies de animal: mamíferos, aves, répteis... E deu um panorama de como elas são afetadas pelas altas temperaturas.
“O calor provoca uma vasodilatação. Com isso, leva a quadros de hipotensão. Os animais expostos muito tempo ao calor podem apresentar um quadro de desidratação, por perderem líquido na transpiração. Também quadros de insolação. Mamíferos e aves são animais endotérmicos, ou seja, mantêm sua temperatura constante, independente das variações do ambiente. Já os répteis são ectodérmicos, ou seja, sua temperatura corporal varia conforme o ambiente. No calor, os répteis tendem a ter um metabolismo mais rápido. Eles ficam mais agitados. Mas isso não quer dizer que eles não sofram com o calor. Pequenos roedores e coelhos sofrem bastante com o calor. Assim como pequenas aves e pequenos répteis (Gecko). Todas as espécies são importantes”.
Com o calor intenso, muitos tutores acabam dando vários banhos nos animais de estimação. Segundo Rodrigo, apesar da intenção ser boa, o comportamento é errado, já que o excesso de banhos retira a proteção natural da pele.