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Quando se vê que o Partido de Lula já não tem figuras suficientes para eleger muitos prefeitos e vereadores nas próximas eleições municipais, conclui-se que, onde terá o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, como cabeça de chapa é, sem dúvida, um dos principais motivos dessa fraqueza política. Como todos sabem, São Paulo, e o berço do PT, ali Lula construiu o seu poderio política e chegou a presidência do país. Foi reeleito e depois fez Dilma que também reelegeu-se.
Ficou tão patente essa perda de quadros durante os tempos que, caso dê certo esse acerto com Boulos, o PT apenas ficará como pegador de carona e a popularidade de Lula em transmitir votos já não é a mesma. O partido está numa situação de dependência de outras siglas para se apresentar no próximo pleito deste ano. Está sem vida própria como antigamente. Aliás, Lula foi eleito “na conta do chá”. Foram poucos votos de diferença.
Não se falando que do lado oposicionista existem grupos políticos bem estruturados e fortes que podem complicar os caminhos de Lula e do PT. Houve quadros que marcaram a vida partidária petista que caíram em desgraça e, simplesmente, desapareceram do “mapa”. Agora, Lula conta sua história respaldado em Quaquá de Maricá, Gleisi do Paraná e Lindbergh do Rio. Foi o que restou, pois, grande parte debandou para outros partidos.
A popularidade de Lula não está conseguindo nem sequer impor seus objetivos políticos no Congresso e, vez por outra, o presidente recorre a tentativas de acordos para não sair derrotado nas suas pretensões. Como está, o PT de Lula deixou de ser o partido nacional que já existiu, para ser hoje uma caricatura de partido que funciona como coadjuvante dos outros. Em São Paulo é assim, no Rio de Janeiro é assim e, em Niterói, a mesma coisa.
Os partidos nanicos estão pretendendo ser o mesmo que foi o PMDB do passado, todavia, com cobertura nacional. E o Centrão, dos “espertalhões” do Congresso, amarraram Lula por todos os caminhos e atalhos tentados. Porém, Lula que é um estrategista político, na vivência adquirida nesses quase quinze anos de Planalto, talvez, possa encontrar a rota que lhe favorecerá no próximo pleito. São muitas pedras no caminho.
Em Niterói, a situação do PT é tão deprimente que, nem a vice será conseguida para a prefeitura. O partido ficará com os aliados como se fosse mais um coadjuvante sem nomes de relevo para exigir alguma coisa do candidato eleito. Depois de ter comandado a prefeitura da cidade por 8 anos por um de seus quadros e mais 6 anos por outro, o Partido dos Trabalhadores conseguiu perder a sua hegemonia na cidade, ex capital do Estado do Rio antigo.
A DEMOCRACIA ESPERA POR UMA RENOVAÇÃO URGENTE