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O pioneirismo libanês no Brasil
O pioneirismo libanês no Brasil
Foto do autor Jourdan Amóra Jourdan Amóra
Por: Jourdan Amóra Data da Publicação: 17 de fevereiro de 2024FacebookTwitterInstagram

Erroneamente considerados como "turcos", os sírios e os libaneses receberam esta qualificação porque portavam identidades e passaportes de emissão turco-otomanos. Síria e Líbano não eram estados independentes e grande imigração para o Brasil ocorreu durante visita de D. Pedro II, em 1876, à região.

Uma das suas cidades mais importantes e considerada o "jardim do Mediterrâneo" é Zahle, fundada no século XVIII e que chegou a ser um Estado Independente em curto período do século XIX.

Entre os 140 mil imigrantes que fugiam da perseguição aos cristãos pelos muçulmanos otomanos, estavam os irmãos Tanure.

O "cabeça de família", Zaiter Antonio Xerfane Tanure nasceu em Zahle em 1876 e veio para o Brasil em 1894, mas lá voltou seis anos mais tarde e retornou sendo tratado como "capitão" ou "coronel".

Instalando-se na cidade de Araçuaí, famosa por suas pedras preciosas e pelo ouro, ali era figura importante e construiu em amplo centro de terreno (pomar, jardins e pasto de animais), um gigante sobrado de dois pavimentos, além de um hotel como vizinho, entregue à administração da filha mais nova, Maria Aparecida Neiva Tanure (depois, Amóra), nascida em 1.911. Um dos seus filhos, José Zaiter, foi duas vezes prefeito e construiu o aeroporto da cidade em terreno doado ao Poder Público, na década de 40. 

Homem afável adorava receber amigos e familiares em sua valorosa residência, centro de harmonia familiar e social, num casamento do comportamento fraterno dos mineiros com a hospitalidade árabe. (Continua)

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