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O isolado heroísmo da imprensa dos anos 60
O isolado heroísmo da imprensa dos anos 60
Foto do autor Jourdan Amóra Jourdan Amóra
Por: Jourdan Amóra Data da Publicação: 25 de outubro de 2023FacebookTwitterInstagram

Não tenho na memória ativada pela vivência nos últimos 70 anos, ou mesmo em arquivos nenhuma obra relatando o heroísmo dos que se dedicaram a transmitir conhecimentos de fatos e interpretá-los para o público, especialmente na fase predominante do jornalismo amador e criativo, por idealismo, especialmente quando não era exigida a formação de empresas e não se exigia diploma superior para o exercício do dom e da ampla comunicação social.

A época da arte tipográfica era desafiadora diante do primitivismo do processo de produção de jornais e revistas, de forma manual, operando com tipos móveis e impressoras planas, de baixa rotação, com ilustrações dependentes de oficinas gravadoras de clichês, o que tolhia o universo da fotografia e da oferta de imagens ou de anúncios esclarecedores.

O profissionalismo da constância nas bancas, era restrito naqueles tempos de carência de meios de transporte e de comunicação, inclusive telefônica. Raros são os diários brasileiros que ultrapassaram um século de existência, como os persistentes e vitoriosos órgãos do padrão do Estado e da Folha de São; "Jornal do Brasil, "O Fluminense" e o "Monitor Campista", no norte-fluminense.

A dificuldade de manutenção de jornais de grande porte, especialmente diários, gerou a alternativa de edição de informativos ocasionais, revistas e também de mensários, quinzenários e semanários, estes, especialmente nas cidades do interior ou até em regiões metropolitanas

Niterói se destaca pela permanência de "A Tribuna", há 86 anos nas bancas (e também online) e que teve a ousadia de lançar o semanário "Jornal de Icaraí", com ampla tiragem e distribuição online), desde janeiro de 1972. (Continua)

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