Quando em 1964/65 idealizamos a Empresa Técnica de Assessoria Parlamentar e administrativa (Etapa), estávamos abalizados pela frequência ao plenário da antiga Assembleia Legislativa desde 1952, mesmo sendo de "menor idade" quando era "foca" em jornais cariocas e titular de colunas estudantis nos jornais da cidade.

No pós-regime militar, mais experimentados, sentimos a fraqueza dos então 42 deputados para acesso à informações oficiais e para se comunicar com o público. A imagem da atuação parlamentar ficava restrita e, muitas vezes, não alcançava aos seus municípios-base.

Convivendo com o interior, notadamente com os sempre bem informados em suas regiões, trazíamos informações que aqueles representantes do povo não recebiam ou eram obstaculizadas por seus adversários.

Naquele tempo de inexistência da Internet como fonte atualizada de consultas, eles puderam se valer do centro de pesquisas que acumulamos, seguindo o exemplo trazido do "Jornal do Brasil", aprimorado porque centrado nos sempre temas fluminenses.

Complementarmente valemo-nos da experiência de repórter para formularmos os existentes requerimentos de informações, que as autoridades executivas tinham de responder no prazo de 15 dias.

Hoje, na era da "transparência", jornalistas e parlamentares têm dificuldades de acesso às informações básicas para projeto, outras indagações ou subsidiar reportagens. (Continua)