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O sentimento de união democrática para a garantia do jornalismo livre exige a união de divergentes em defesa da liberdade, mas é um desafio para o encontro de condições de sobrevivência, sem os meios controlados pelo Poder Público. Mas não basta o fortalecimento do associativismo dos dirigentes de jornais e dos jornalistas-empregados.
Já na passagem dos séculos XIX e XX o sonho da comunicação saiu do campo da criatividade dos idealistas para a sujeição à necessidades econômicas. Assim surgiram as empresas jornalísticas para a busca da condição financeira para a formação de parques gráficos e de equipes homogêneas.
Todos sonhavam com a bandeira do idealismo, mas era necessário o suporte econômico.
Os novos jornais tinham de definir a linha editorial e naqueles tempos os cofres públicos eram a porta para a garantia da subsistência. O Poder Público era o Poder Econômico da Comunicação Social.
A maioria dos jornais subordinava-se a uma linha de apoio aos governantes. Outros ousaram o caminho alternativo, servindo à divulgação oficial, mas procurando prestar serviços ao público, com a prática do direito à crítica construtiva.
Raros jornais poderiam alcançar os meios de sustentação com os recursos dos leitores.
Na passagem dos períodos ditatoriais, alguns buscaram o caminho do sensacionalismo para alcançar a meta de vendas de exemplares a baixo custo.
A linha idealista abriu espaço para jornais como "O Dia" e a "Luta Democrática", considerados jornais que "espremendo, sai sangue"
Os leitores se preocupavam em acompanhar os fatos insultuosos, em suma, a violência que vendia mais do que noticiários políticos e sociais. (Continua)